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Lula participa da liderança de presidentes na 3ª feira, em Puerto Iguazú, na Argentina; Levará uma mensagem de fortalecimento do bloco e deve fortalecer o discurso pela conclusão do acordo com a Europa
ou presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levará à 62ª Cúpula de Presidentes do Mercosul, na 3ª feira (4 de julho de 2023), o apelo a uma maior integração regional e terá como desafio dar continuidade às discussões ou acordo com a União Europeia. O Brasil assume a presidência do bloco, com mandato no fim de 2023.
As negociações internas sobre o acordo, porém, não devem avançar nesta reunião. Uma das duas razões é que o Brasil ainda está construindo uma proposta para o acesso de dois europeus às compras públicas no país. O atual governo é contra a equalização de oportunidades entre empresas europeias e brasileiras.
Outro ponto questionado pelo Executivo brasileiro são as sanções comerciais sugeridas para o caso de descumprimento de normas ambientais. Essa pergunta foi incluída em uma carta adicional enviada pela UE ao Mercosul em março.
Lula argumenta que os próprios europeus cumpriram integralmente ou que o Acordo de Paris foi defendido e eles se mostraram irritados com a cobrança. Em junho, diga que o documento é “inaceitável” e pediu mais “sensibilidade” e “humildade” nas discussões.
Essas questões são o principal ponto de partida do lado brasileiro para a data do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia. Segundo secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Mauricio Lyrio, a proposta brasileira será submetida primeiro aos países do Mercosul e só depois à União Européia.
Ainda que a discussão dos 2 temas não deva avançar no topo, Lula terá que tratar dos assuntos em suas falas durante o encontro. O presidente quer que o acordo seja concluído até o final deste ano.
“A posição do presidente e do governo brasileiro pela liderança é a reafirmação do interesse brasileiro em seguir essa agenda externa do Mercosul. A necessidade de ajustes como este tem sido enfatizada nos textos recebidos e negociados entre o Mercosul e a União Europeia, mas com uma clara sinalização política de que há interesse em avançar em nossos acordos e alcançar um resultado bom, equilibrado, interessante e adequado para todas as partes.”, disse Lírio.
cúpula dos presidentes
Lula viaja na 2ª feira (3 de julho de 2023) para Puerto Iguazú, na província de Misiones, na Argentina. Cidade na fronteira com o Brasil em Foz do Iguaçu, no Paraná, e com o Paraguai, em Ciudad del Este, no extremo leste do país.
O encontro entre os chefs estaduais será realizado na 3ª feira (4 de julho de 2023), das 10h às 13h, no hotel Meliá, localizado no Parque Nacional Iguazú. O complexo está localizado na beira das Cataratas do Iguaçu. QUALQUER Power360 acompanhará o evento pessoalmente.
Na 2ª feira, será realizada a 62ª reunião ordinária do CMC (Conselho do Mercado Comum), que reúne os ministros das Relações Exteriores e da Economia dos dois países.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, estará presente. O Ministério da Fazenda será representado pela Secretária de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito, e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços pelo Secretário Executivo, Márcio Elias Rosa.
O Mercosul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está suspensa desde 2016. A Bolívia está em processo de admissão. Durante o evento, os presidentes dos outros dois países da América do Sul também participam como países associados.
Segundo a secretária para América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, o principal recado do Brasil que ela não encontrou seria priorizar mais uma vez a integração regional em todos os seus aspectos.
“Estamos empenhados em recuperar uma integração sul-americana que já existe em termos comerciais, mas queremos integrar em várias outras áreas, como infraestrutura, saúde, defesa. (…) Para reduzir o ‘custo Brasil’, precisamos estar melhor integrados”, disse.
Durante a presidência brasileira, o governo pretende continuar a discussão sobre uma tarifa externa comum que, na prática, significa um drible para o uso do dólar nas transações comerciais. Além disso, o Brasil também quer discutir o regime comum automotivo, setor farmacêutico, integração energética e infraestrutura.
Segundo embaixador, o Mercosul deixou de ter um caráter meramente comercial e passou a ter seu peso político e social. Um dos dois objetivos do Brasil à frente do bloco é realizar o protagonismo social presencial, o que há anos não se faz. Ainda não há previsão de dados para sua realização. A última reunião do tipo foi realizada no dia 1º de junho, virtualmente, após 6 anos de suspensão.
Relação Brasil x Mercosul
O bloco, fundado em 1991 como Mercado Comum do Sul, possui caminhões comerciais que passarão de US$ 4,5 bilhões, no ano de sua fundação, para US$ 46,1 bilhões, em 2022.
A relação comercial do bloco com o resto do mundo foi de US$ 727 bilhões em 2022. Os principais destinos das exportações foram China, Estados Unidos e Holanda.
As exportações do Brasil para o Mercosul chegarão a US$ 21,9 bilhões em 2022, ou o que corresponde a 6,5% de todas as exportações do país. As importações foram de US$ 18,9 bilhões, representando 6,9% do total importado.
O Brasil eliminou o pagamento de dividendos de US$ 99,3 milhões com o Focem (Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul), que tinha como objetivo reduzir as assimetrias econômicas entre os países do bloco.
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