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Responder como vai a economia não é fácil e envolve muitos fatores. Mas há alguns grandes indicadores que ajudam a nortear essa resposta: entre eles, se destacam o PIB, o IPCA e o IGP-M.
Quem são eles? De forma simplificada:
- PIB é a sigla para Produto Interno Bruto. Ele é a soma de todos os produtos e serviços finais produzidos em um país. Ou seja, quando você ouve que o PIB cresceu, é porque esse soma aumentou. Quando o PIB caiu, é porque a soma sofreu.
- IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é o principal indicador da expansão no Brasil, porque mede a variação de preços de produtos e serviços. Se o IPCA sobe, é porque a média dos preços está aumentando.
- IGP-M, finalmente, é o Índice Geral de Preços-Mercado. Ele também é um indicador da pegada, mas reflete a oscilação de preços em todos os níveis de produção – e não só quando eles chegam ao consumidor final. Ele também serve como o padrão para reajustar os contratos de aluguéis de imóveis.
Não é que eles sejam os três índices mais importantes da economia. Mas ganha um destaque maior porque, juntos, desenham um bom retrato da situação econômica.
Enquanto o PIB indica o quanto a economia como um todo está crescendo ou observado, o IPCA e IGP-M mostram como isso está impactando diretamente o bolso das pessoas.
E qual é o estado deles hoje? Vamos por partes.
O PIB é um valor animado: ele cresce ou diminui sempre em relação ao período anterior – é por isso que você sempre ouve falar dele em porcentagens.
Por exemplo: um país fecha o primeiro trimestre com o PIB de US$100 bilhões: isso significa que, naqueles três meses, a soma de todos os produtos e serviços finais geraram esse valor. No trimestre seguinte, o valor foi de US$102 bilhões. Em outras palavras, o PIB cresceu 2%.
E como anda o PIB do Brasil?
O dado mais recente do PIB é o do terceiro trimestre de 2022, que apresentou um crescimento de 3%. Sozinho, esse número pode causar bastante otimismo, mas ele não significa que a economia se recupere.
A primeira coisa que precisa ser compreendida é o fator percentual. No segundo trimestre de 2022, o PIB cresceu um pouco mais, 3,2%. Contudo, um ano antes, no terceiro trimestre de 2021, o crescimento ainda maior, de 4,3%.
Ou seja, os 3% de aumento no terceiro trimestre de 2022 representam um crescimento menor do que o verificado há um ano.
Outro fator importante para entender o aumento do PIB (e por que ele talvez não reflita um cenário positivo olhando para frente) é o Auxílio Brasil e o saque extraordinário do FGTS – que adicionaram bilhões à economia e estimularam o consumo.
Na próxima análise, do quarto trimestre de 2022, esse fator terá um impacto ainda maior no PIB, porque foi neste período que o Auxílio Brasil aumentou para R$ 600.
Você deve ter reparado que a gasolina foi a grande “vilã” dos preços em 2021. A história parecia se repetir em 2022, mas os benefícios fiscais feitos dos combustíveis os itens que registraram as maiores quedas não acumuladas do ano. Por outro lado, os alimentos foram os que mais pesaram no bolso dos brasileiros.
Quem registra essas altas todas é o IPCA. A sua variação mostra o aumento generalizado (em outras palavras, a suportou) dos preços para os consumidores finais – não só de alimentos, como também de combustíveis, vestuário, entre outros grupos.
E como anda o IPCA?
segundo dados do IBGE, a medida suspensa pelo IPCA fechado 2022 em 5,79%. O dado também ficou bem distante da meta estipulada pelo Banco Central, que era de 3,50% para o ano.
E a projeção é que a dobrou não caia no curto prazo. Economistas ouvidos pelo Banco Central em janeiro projetam uma alta de 5,36% para 2023.
O motivo para tanta gente prestar atenção no IGP-M no dia a dia é que, como padrão, ele é o índice usado para reajustar os contratos de aluguéis.
Em outras palavras: se o seu aluguel é de R$ 1.000 e o IGP-M aumenta 10% no período de ajuste do seu contrato, o dono do imóvel pode passar a cobrar R$ 1.100.
E como anda o IGP-M?
O aumento acumulado em 2022 foi de 5,45% – bem abaixo do registrado em 2021, quando ficou em 17,78%, segundo a FGV. Ou seja, aquele aluguel de R$1.000 poderia, na verdade, passar para R$1.054,5.
Em dezembro de 2022, o índice subiu 0,45%.
O efeito das commodities (bens de consumo negociadas em bolsas de valores no mundo todo, como o milho e a soja) é um dos que mais vêm mexendo no ponteiro do índice.
Elas vêm sendo mais exportadas, também graças à alta do dólar e ao aumento do consumo no exterior, deixando o preço mais caro aqui no Brasil.
Para os locatários, existe margem para negociação. Quem tem contrato de aluguel prestes a completar aniversário pode negociar com o proprietário ou imobiliário para que o valor não suba tanto quanto o IGP-M – afinal, ele está muito mais elevado que o IPCA, que reflete um retrato mais fiel da criança no país .
existem até imóveis que consideraram a proporção do IPCA como índice para reajustar no contrato. Quem chega à conversa munido de informações consegue mais cartas na manga na hora de negociar.
A crise não acabou. E o Brasil e o mundo ainda devem sentir seus efeitos por um bom tempo. O momento ainda é de muitas combinações.
Mas uma coisa é certa: se manter informado sobre o que está transitório é um passo essencial para passar por esse período da melhor forma possível.
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