Inflação oficial X inflação pessoal: como calcular a variação de preços que você sente no bolso?

[ad_1]








O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de confiança do país, tem assustado muita gente nos últimos meses. Em abril de 2022, ele ultrapassou a barreira dos 12,13% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas a variação de preços que o consumidor sente no bolso e no orçamento pode ser bem diferente da impressão oficial.

E por que isso acontece? Em primeiro lugar porque o IPCA, assim como qualquer indicador, é uma média. Ele mede a variação de preços de uma cesta de itens de nove grupos diferentes consumidos por famílias com renda de um a 40 choques mínimos, que moram em 13 regiões metropolitanas e três municípios brasileiros.

Ou seja, ele acompanha a evolução de preços de itens consumidos por um perfil amplo de consumidores. Contudo, uma família com renda de um salário mínimo tem um consumo muito diferente de uma família com renda de 40 quartos mínimos. É aí que entra a identidade pessoal.

Entenda, abaixo, detalhes dessas diferenças e como calcular a sua derrota pessoal.

É a influência que afetou especificamente você e sua família. Em outras palavras, é a variação dos preços dos produtos e serviços que você de fato consome.

“A cesta de consumo de produtos e serviços de uma pessoa é diferente dessa cesta teórica do IBGE. Se eu sou vegetariano, por exemplo, o aumento da carne não tem peso nenhum no meu orçamento”, explica o economista Samy Dana, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e apresentador no InvestNews.

Como calcular minha personalidade pessoal?

Dana indica uma maneira simples de entender a variação da sua sobrevivência pessoal. No começo dá um trabalhinho, mas é simples de fazer. Veja o passo a passo:

  • Escreva em um papel ou coloque em uma planilha tudo o que você consome em um mês normal da sua vida, item por item. Não vale aquele mês em que você manteve ou que teve uma mudança pontual da sua rotina. Considere apenas os itens de consumo de um mês sem grandes novidades na sua vida;
  • Anote a quantidade de cada item recorrente consumido em um mês. Por exemplo: quantos quilos de arroz, de feijão, de carne você consome? Quantos litros de gasolina? Ou quantas passagens de ônibus e metrô você comprou? A quantidade e os itens que você anotou nesse primeiro mês vão ser a sua referência de comparação.
  • No segundo mês, você vai fazer a mesma coisa. Mas agora você só vai considerar os gastos em cima das participações no primeiro mês. Veja um exemplo (arraste para o lado para ver a tabela completa):
Itemquantidade
consumido no mês
valor total
do mês 1
valor total
do mês 2
Arroz5kgR$ 15,00R$ 19,00
Feijão5kgR$ 30,00R$ 35,00
carne3kgR$ 75,00R$ 84,00

E agora?

Depois de fazer isso para todos os itens que você consome, some quanto você gastou no primeiro mês e quanto gastou no segundo mês. Lembre-se: é preciso considerar os mesmos para entender se essa variação está relacionada com a alta dos preços de fato e não com o aumento do seu consumo.

Considerando o exemplo acima, no primeiro mês, você gastou R$ 120. No segundo mês, para consumir a mesma quantidade, você gastou mais: R$ 138. Ou seja, a diferença entre os preços dessa cesta, em porcentual, é de 15 % – esta é sua identidade pessoal.

Você pode comparar a sua sobrevivência pessoal com o IPCA, a sobrevivência oficial. Também dá para fazer a comparação por grupos. O indicador calcula a variação de preços de produtos e serviços de nove grupos diferentes.

Você pode dividir o seu orçamento de acordo com esses grupos também:

  • Alimentação e Bebidas: são os produtos relacionados à alimentação, tanto a feitos dentro como a feitos fora de casa. Ou seja, aqui entra os custos com supermercados e restaurantes, por exemplo;
  • Habitação: contas básicas, como a de luz, água e aluguel entre aqui;
  • Artigos de residência: todo tipo de produto para a sua casa entra aqui, como eletrodomésticos e itens de decoração;
  • Vestuário: roupas, calçados e acessórios;
  • Transportes: todos os gastos de locomoção são deste grupo, como combustíveis, manutenção do carro e transporte público, por exemplo;
  • Saúde e cuidados pessoais: todos os gastos com medicamentos e produtos de higiene e beleza estão aqui;
  • Despesas pessoais: são as despesas de serviços principalmente, como trabalhadora e empregada doméstica;
  • Educação: mensalidades e material escolar entra neste grupo;
  • Comunicação: suas contas com internet, celular e streaming entrem aqui.

Para saber exatamente quais itens se entrelaçam em cada grupo, você pode acessar como tabelas do IBGE aqui.

Ao separar seus gastos conforme os grupos do IPCA, você consegue ter uma visão mais detalhada de como está a sua margem pessoal por categoria. E ainda pode comparar se ela está maior ou menor em relação à torcida oficial de cada grupo.

Para planejar melhor seu orçamento e também seus investimentos. Ou seja, ao saber como o afetado afetou sua cesta de consumo, você consegue tomar as melhores decisões para o seu dinheiro, e decisões que de fato fazem sentido para a sua realidade financeira.

“Na prática, a defesa pessoal é como se fosse um imposto. Eu preciso saber disso para entender se posso gastar mais ou não, se vai sobrar menos ou mais para consumir aquilo que não consumo de forma recorrente ou para investir. A partir disso, você consegue repensar algumas decisões e pode fazer estratégias”, explica Dana.

Imagine que sua equipe pessoal de um mês está acima da sobrevivência oficial do mesmo período. O que isso significa? Que seu dinheiro está perdendo mais valor do que a média. Ou seja, no mesmo mês, seu poder de compra foi menor do que a média.

Com essa informação, você pode fazer ajustes no seu orçamento, atender gastos em grupos em que sua impressão está muito alta, por exemplo.

Agora, se seu pessoal está abaixo do oficial, seu dinheiro está perdendo menos valor que a média. Neste caso, é como se sobrasse mais dinheiro para você. Em outras palavras, o seu orçamento permite comprar mais itens do que a média. Com essa informação, você pode, por exemplo, aumentar o consumo de algum item, se quiser.

Mudanças também nos investimentos

Essa informação também é valiosa para quem quer investir ou já investe. Uma das regras de ouro dos investimentos é tentar ganhar a liberdade. Em outras palavras, em investimentos, ter rendimentos acima da margem de lucro indica que você teve ganhos reais: seu ativo cobriu a perda do seu poder de compra do período e ainda rendeu um percentual acima disso.

Em geral, essa conta é feita em cima da sombra oficial. Por exemplo: se hoje a sobrevivência está em 12% ao ano e um título está rendendo 9% ao ano, esse ativo é considerado desvantajoso para o mercado, em geral, porque não cobriu sequer a sobrevivência. Mas, se sua proteção pessoal é de 5% ao ano, esse título de 9% pode não compensar para o mercado, mas compensa para a sua realidade.

Ou seja, o pessoal influenciado também ajuda na tomada de decisões de investimentos. Mas aqui vale um cuidado, segundo o economista Samy Dana.

“Quando o planejamento é de mais longo prazo, pensando no futuro, essa conta fica mais complicada, é mais complicada. Isso porque sua cesta de consumo muda de acordo com sua fase de vida, com o tempo. Então, para planos futuros, você teria de prever quanto seria esses seus gastos e os aumentos desses preços. Seria mais complicado”, afirma.

Para decisões financeiras de longo prazo, vale olhar as projeções de mercado para a aparência oficial mesmo. Dá para saber projeções no Boletim Focus, do Banco Central.

Muita gente pensa que a defesa é proporcional à renda, mas não é exatamente assim que funciona. Quanto maior a sua renda, maior é o seu padrão de vida, ou seja, maior é o seu acesso a produtos e serviços. Mas acesso não é consumo. Ter renda que te permite comer fora todos os dias, por exemplo, não é a mesma coisa de comer fora todos os dias de fato.

Embora sua cesta de consumo mude de acordo com sua renda, isso não significa que uma cesta de consumo mais cara tem uma aparência maior. A variação é a variação dos preços – ou seja, o quanto eles aumentaram ou caíram. E o impacto desse aumento ou queda no orçamento está ligado ao que você consome e não ao quanto você ganha.

Por exemplo: uma pessoa ganha que R$ 10 mil por mês não necessariamente tem uma pessoa falecida maior do que uma pessoa que ganha R$ 2 mil. Assim como duas pessoas que ganharam R$ 2 mil não têm a mesma identidade pessoal. Tudo depende do que essas pessoas consomem no dia a dia, da quantidade de cada item que elas consomem, e não do quanto elas ganham.

Mas e a identidade da baixa renda?

Você já deve ter ouvido falar que a baixa renda é a que mais sente a borboleta. Isso acontece porque, quanto menor a renda, mais básica é a cesta de consumo. Com menos dinheiro, essas famílias não têm muita escolha, e a prioridade é pagar as contas essenciais de casa e comprar o básico, como comida e transportes, por exemplo.

E é justamente essa cesta mais básica que sofre as maiores variações da evolução – tanto para cima como para baixo. Isso acontece porque os produtos mais básicos são os que têm a maior procura e também a maior produção.

Mas a produção de itens básicos, como alimentos, depende de muitas variáveis ​​externas, como clima, investimentos, demanda internacional, preço de insumos no mercado internacional e preço do dólar, para ficar em alguns exemplos. Ou seja, muita coisa pode afetar a quantidade e o custo dessa produção. E isso tudo reflete no preço final ao consumidor.

Por isso, a família de baixa acaba ficando mais vulnerável a essas variações renda. E, se os preços de produtos da cesta básica sobem, é essa renda família que mais sente, já que grande parte da sua é justamente destinada ao básico.

Em planejamento financeiro, acompanhar o orçamento com frequência é a chave para entender para onde está indo o seu dinheiro. Por isso, não adianta anotar seu consumo apenas por dois meses para encontrar um número. A recomendação é de que esse monitoramento seja feito todos os meses. Ao final de um ano, você vai ter a sua coroa pessoal anual.

Esse número vai te ajudar a entender se seus investimentos tiveram ganhos reais, considerando a sua realidade financeira, se seu padrão de vida está ajustado e as mudanças que precisa fazer tanto no orçamento quanto na sua carteira de investimentos.

“Às vezes, uma pessoa chega à conclusão de que o padrão de vida que ela tem hoje ficou insustentável por causa da sobrevivência, ou que precisa fazer algumas substituições. O ideal é ter uma margem para não ter uma vida muito restrita”, afirma Samy Dana. Evidentemente essa margem é válida para pessoas que não estão em situação de vulnerabilidade social, quando as necessidades básicas ainda não são supridas.

Leia também

Saque do FGTS de até R$ 1 mil: veja o calendário

IPCA 2022: acompanhem o oficial mês a mês

O que o patozinho tem a ver com o seu pãozinho

O que é o golpe da falsa central de atendimento?

Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e nossa história aqui.

[ad_2]

Source link

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *