[ad_1]
Não encontrado em Bruxelas, Lula também tentou convencer a Europa da urgência de fechar um acordo com o Mercosul e fez vagas promessas de investimento no Brasil
A 3ª Cúpula da Celac-UE (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a União Europeia) encerrou esta 3ª feira (18 de julho de 2023) com uma declaração conjunta sem condenação da Rússia por ter invadido a Ucrânia, uma vaga promessa de investimento de R US$ 242 bilhões no continente latino-americano, sinalização da Dinamarca de doação ao Fundo Amazônia e demanda por eleições limpas na Venezuela. Ou conheceu representantes de 33 países latinos e 27 países europeus em Bruxelas (Bélgica).
ou presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Fui à Bélgica no sábado (15 de julho). Deixa o país na 4ª feira (19.jul). Ele fará escala em Cabo Verde para reabastecer o avião presidencial, que não tem autonomia para uma viagem sem escalas em Brasília. Ele vai aproveitar para se encontrar com o presidente do país, José Maria Neves, na capital, Praia. Será sua 1ª visita a um país africano, não seu 3º mandato.
Devido à pressão de líderes de esquerda, inclusive do Brasil, a declaração final da reunião defende a paz na Ucrânia. Mas não cita a Rússia nem condena o país de Vladimir Putin por ter invadido o território ucraniano em fevereiro de 2022.
Lula voltou a criticar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele declarou que a guerra na Ucrânia confirma que o órgão “Não atende aos desafios atuais para a paz e segurança”. O repúdio a sanções e bloqueios no contexto do conflito que, para ele, “Só servimos para penalizar as populações mais vulneráveis”.
Em Bruxelas, Lula também:
- discutiu e defendeu as sanções contra a Venezuela com a condição de que o país realizasse eleições justas e com a oposição em 2024;
- fez promessas de investimentos de R$ 242 bilhões da União Européia na América Latina e Caribe (sem definição precisa de termos);
- recebido da Dinamarca para a sinalização de doação ao Fundo Amazônia (também ainda sem data para ser feito no valor divulgado);
- Ele debateu com líderes europeus como romper o acordo entre o Mercosul e a União Européia, que está em negociação há 24 anos;
- defender a regulamentação das grandes plataformas digitais para combater “ilícitos cibernéticos e desinformação”. Para ele, a revolução digital traz desafios que devem ser coordenados em conjunto por vários países.
Eu li abaixo um resumo de dois fatos principais da cúpula:
- eleições na venezuela – líderes de Brasil, Argentina, Colômbia, França, Venezuela e UE (União Europeia) emitiram uma declaração conjunta que considera as sanções contra o governo de Nicolás Maduro no caso ou país de realizar um processo eleitoral justo, transparente e apoiado internacionalmente . A Venezuela passará por eleições em 2024;
- conclusão do acordo Mercosul-UE – Lula disse que pretende fechar acordo em 2023 “equilibrado” com o bloco europeu e chamou de “ameaca” uma carta de requisitos da UE. Macron disse que não havia “ameaca” ao Brasil sem acordo;
- Dinamarca e Fundo Amazônia – A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, prometeu a Lula que tentaria aprovar uma contribuição para o Fundo Amazônia na organização dinamarquesa. Apesar do sinal positivo, o governo brasileiro esperava que o país fizesse uma oferta concreta;
- Europeus prometem US$ 100 bi para condições climáticas – Este compromisso foi incluído na declaração final da cúpula. O valor deve ser destinado anualmente aos países em desenvolvimento, ao invés de demandar recursos para preservação. A inclusão do texto foi considerada pelo Itamaraty uma vitória do governo brasileiro nas negociações com os europeus;
- UE anuncia R$ 242 bi em investimentos – Os recursos serão destinados aos países da América Latina e Caribe. Os investimentos fazem parte do programa Global Gateway, que terá uma agenda de investimentos de alta qualidade, desde hidrogênio limpo até vacinas de mRNA e matérias-primas. Mais de 135 projetos já estão em andamento;
- guerra na ucrânia – A declaração final da liderança não mencionou a Rússia e mencionou o conflito apenas na afirmação de dois países de que havia “profunda preocupação com a guerra que continua a causar imenso sofrimento humano e a agravar as fragilidades já existentes na economia global”;
- Lula quer construção de siderúrgicas pela Europa – O presidente disse que houve uma mudança importante no discurso dos países europeus em relação à exploração de minerais considerados críticos. Segundo ele, essas nações agora defendem que os países em desenvolvimento que possuem tais materiais, como bauxita ou litio, façam ou processem o material em seus próprios territórios para criar negócios locais. Lula disse que vai pedir financiamento aos europeus para a construção de fábricas no país.
Veja abaixo a foto oficial da cúpula e quem são os líderes da 1ª fila:
- Guilherme Laço, Presidente do Equador;
- Gustavo Petro, Presidente da Colômbia;
- Petr Fiala, Primeiro Ministro da República Tcheca;
- Nikos Christodoulides, Presidente de Chipre;
- Lula, Presidente do Brasil;
- Luís Arce, presidente da Bolívia;
- Alexander De Croo, Primeiro Ministro da Bélgica;
- Filipe Eduardo Davis, Primeiro Ministro das Bahamas;
- Gastão Afonso Browne, Primeiro Ministro de Antígua e Barbuda;
- Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia;
- Ralf Gonçalves, Primeiro Ministro de São Vicente e Granadinas;
- Carlos Michel, Presidente do Conselho Europeu;
- Alberto Fernández, Presidente da Argentina;
- Karl Nehammer, chanceler da Áustria;
- Mia Love Mottley, Primeiro Ministro de Barbados;
- João Antonio Briceno, Primeiro Ministro de Belize;
- Nikolai Denkov, Primeiro Ministro da Bulgária;
- Andrej Plenkovic, Primeiro Ministro da Croácia;
- Gabriel Boric, Presidente do Chile;
- Mette Fredricksen, Primeiro-ministro da Dinamarca.
Lula tem as seguintes reuniões bilaterais à margem da cúpula:
- Ursula von der Leyen – Presidente da Comissão Europeia;
- Chris Dodd – Emissário do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden;
- Mia Mottley – Primeiro Ministro de Barbados;
- Filipe 1º – Rei da Bélgica;
- Alexander DeCroo – Primeiro Ministro da Bélgica;
- Roberta Metsola – Presidente do Parlamento Europeu;
- ulf kristersson – Primeiro Ministro da Suécia;
- Karl Nehammer – chanceler da Áustria;
- mette frederiksen – Primeiro Ministro da Dinamarca;
- Olaf Schölz – Chanceler alemão.
[ad_2]