CPIs ocupam agenda do Congresso, mas avançam pouco em investigações

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Congresso terminou no 1º semestre do ano com 6 comissões de inquérito ativas; governo tenta contornar retrocessos em 2 colegiados

O Legislativo federal encerrou o 1º semestre com 6 comissões de inquérito ativas. Essas reuniões são semanais e mobilizam deputados e senadores, principalmente os colegiados que assistem ao desgaste do governo. As investigações de cada CPI, porém, avançam em ritmo lento.

Com apoio consolidado da Câmara, aliados da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se esforça para contornar retrocessos nos colegiados em que a oposição quer expor o Executivo.

A comissão que mais mobiliza parlamentares é a que investiga os atos de vandalismo do 8 de Janeiro. Formada por deputados e senadores, a CPI está atrasada em relação às investigações da Polícia Federal e da Justiça sobre os fatos.

Além da comissão mista, existem 4 comissões de inquérito na Câmara e uma no Senado. No caso da Câmara, ou do regimento da Câmara, funcionam no máximo 5 CPIs ao mesmo tempo.

Na época em que foram instalados na Câmara, ou presidente Arthur Lira (PP-AL) garantem que os deputados não vão prender os votos da Câmara. Como operativos e depósitos em cada comissão, não tanto tempo, duravam horas. Na CPI do 8 de Janeiro, por exemplo, ela foi criada em maio e teve quase 50 horas de reuniões.

As CPIs são temporárias e têm duração de 120 dias, mas podem ser prorrogadas. Os colegiados têm poderes investigativos e podem ouvir depoimentos, colher depoimentos de autoridades, solicitar informações de outros órgãos e determinar processos.

Essas comissões, entretanto, não processam ou julgam pessoas, dificilmente investigam fatos. Ao final, é produzido um relatório de dois trabalhos realizados que deve ser encaminhado ao Ministério Público ou à AGU (Advocacia Geral da União).

QUALQUER power360 Preparei um material completo sobre a atuação de cada CPI não Legislativa em atividade na atualidade. Leia a seguir:

8 de janeiro

Articulada pela oposição, a CPMI enfrentou resistência do governo antes de ter sua criação aprovada. O grupo tem 8 pessoas, entre elas, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques. Ambos tiveram o sigilo quebrado por exigências aprovadas pela comissão.

Os parlamentares também ouviram o ex-Comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, Coronel Jorge Eduardo Naime, e o Coronel do Exército Jean Lawand Junior, além de estarem envolvidos em uma tentativa de atentado a bomba próximo ao Aeroporto de Brasília ocorrido em dezembro 24 de 2022.

Para os próximos meses, ao relator, Eliziane Gama (PSD-MA), espera obter mais informações sobre as quebras de sigilo aprovadas para aprofundar seu relatório. Ela também não descartou a convocação de Jair Bolsonaro.

Um dos dois processos que devem ocorrer em agosto é o do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que ficou preso por cerca de 4 meses após o dia 8 de janeiro. O seu depoimento é considerado um dos mais aguardados pelos congressistas. Leia mais informações sobre a comissão:

  • ou que investiga: atos de vandalismo no dia 8 de Janeiro;
  • quando foi instalado: 25 de maio de 2023, no Congresso;
  • Presidente: Arthur Maia (União Brasil-BA);
  • relator: Eliziane Gama (PSD-MA);
  • membros titulares: 32
  • Foram realizadas reuniões: 8
  • número de pessoas atendidas: 8

americano

A CPI apura as inconsistências com o diamante de R$ 20 bilhões da Americanas. A empresa pediu recuperação judicial em 19 de janeiro.

O colegiado ouviu 8 pessoas, entre elas o diretor-presidente da Americanas SA, Leonardo Coelho Pereira, ou o presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), João Pedro Barroso do Nascimento, administradores judiciais e um representante do Banco Central.

Documentos apresentados à CPI pelo presidente das empresas americanas sugerem a existência de fraude nos resultados financeiros com aumento artificial dos lucros das empresas. E, segundo ou presidente da CVM, os indícios apresentados por crimes contra o mercado de capitais.

A CPI, porém, ainda não avançou no processo para ouvir os principais acionistas da empresa, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira.

  • ou que investiga: inconsistências nas contas da empresa varejista;
  • quando foi instalado: 17 de maio de 2023, na Câmara;
  • Presidente: Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE);
  • relator: Carlos Chiodine (MDB-SC);
  • membros titulares: 27
  • Foram realizadas reuniões: 7
  • número de pessoas atendidas: 8

apostas esportivas

Com base em uma investigação de MPGO (Ministério Público de Goiás) sobre jogos da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022, a CPI insta à manipulação de dois resultados de jogos em razão de apostas esportivas online.

O MPGO deflagrou a Operação Pena Máxima em 14 de fevereiro. O inquérito investiga a atuação de um grupo criminoso responsável por incitar jogadores de futebol a praticar atos em campo para influenciar o resultado de apostas em troca de dinheiro. Em maio, 15 jogadores foram denunciados e 7 foram reutilizados. Na 2ª fase da operação, 9 apostadores foram reutilizados.

A CPI na Câmara foi articulada pelo deputado Philip Carreras (PSB-PE) que foi presidente da frente parlamentar em defesa do esporte, relator do sistema nacional de dois jogos de azar e relator da atualização do lei pele.

A comissão vai ouvir o presidente da Federação Goiana de Futebol, Ronei Ferreria de Freitas, e o jogador Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Para as próximas reuniões, a CPI aprovou requerimentos para ouvir outros jogadores acusados ​​de manipulação de resultados em jogos e árbitros que convocaram jogos em que atuaram em benefício do esquema de apostas, além de representantes de casas de apostas.

  • ou que investiga: manipulação de resultados em jogos de futebol devido a apostas esportivas;
  • quando foi instalado: 17 de maio de 2023, na Câmara;
  • Presidente: Júlio Arcoverde (PP-PI);
  • relator: Felipe Carreras (PSB-PE);
  • membros titulares: 3. 4
  • Foram realizadas reuniões: 8
  • número de pessoas atendidas: onze

Criptomoedas

Finalmente instalada na Câmara, a CPI tem apenas 4 reuniões. O colegiado corrige irregularidades, como pirâmides financeiras, no mercado de criptomoedas – uma espécie de dinheiro digital, que não é emitido por nenhum governo e pode ser negociado sem intermediários, como bancos.

O colegiado fez apenas uma audiência nesta época, a Glaidson Acácio dos Santos, sócio da empresa GAS Consultoria & Tecnologia e conhecido como Faraó dos Bitcoins. Acusado de montar uma pirâmide financeira disfarçada de investimento em bitcoins, ele está preso desde 2021.

No depósito por vídeo, ele declarou que devolverá o dinheiro de todos os clientes, caso a Polícia Federal desbloqueie os recursos de sua empresa. Ele negou irregularidades e evitou responder sobre seus principais investidores, assinou contratos, também dois valores arrecadados e devidos pela empresa.

A partir de agosto, a CPI aprovou convites e convocações de outros representantes de empresas do setor e corretoras de criptoativos investigadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

  • ou que investiga: esquemas de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas;
  • quando foi instalado: 13 de junho de 2023, na Câmara;
  • Presidente: Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ);
  • relator: Ricardo Silva (PSD-SP);
  • membros titulares: 32
  • Foram realizadas reuniões: 4
  • número de pessoas atendidas: 1

MST

Articulada pela oposição a Lula, a CPI foi instalada para apurar a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra após ter registrado invasões de terras em áreas do sul da Bahia e de Goiás, em março deste ano.

Na comissão, críticos do governo tentam criminalizar o movimento ligado a Lula e usam a comissão para cortar impostos para uso em redes sociais. Os embates entre a oposição e os governistas são frequentes e as interações entre os deputados não motivarão representações enviadas ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Esta não é a primeira vez que o MST é alvo de uma comissão de inquérito. Desde 2003, nenhum 1º mandato de Lula, ou movimento foi tema da CPMI da Terra, de 2003 a 2005; e a CPI do MST, não do Senado, entre 2009 e 2011. O MST também está na mira de outros 2 colegiados, a CPI Funai e Incra (2015 – 2016) e a Funai e Incra 2 (2016 – 2017) sobre demarcação de terras.

A comissão tem realizado audiências públicas com ex-integrantes do MST, com o ex-presidente do Incra Francisco Graziano Neto e com o governador de Goiás, Ronaldo Caído (União Brasil). Deputados aliados ao governo defendem a legitimidade da luta pela reforma agrária, mas têm dificuldades em estabelecer e aprovar exigências no ICC.

O colegiado é o que mais reuniu este ano na comparação com os demais do gênero. Os deputados aprovaram convites para ouvir os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, além de Gonçalves Dias, ex-ministro da GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República)

  • ou que investiga: atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra;
  • quando foi instalado: 17 de maio de 2023, na Câmara;
  • Presidente: Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS);
  • relator: Ricardo Salles (PL-SP);
  • membros titulares: 27
  • Foram realizadas reuniões: onze
  • número de pessoas atendidas: 4

ONGs

Única em sua atuação no Senado, a comissão analisa a atuação de organizações não-governamentais na região amazônica. O foco é o financiamento de dois grupos, incluindo recursos públicos, como o Fundo Amazônia, e recursos recebidos do exterior.

O colegiado tem realizado audiências públicas com lideranças indígenas, como o ex-ministro Aldo Rebelo e o conselheiro da APA (área de proteção ambiental) Triunfo do Xingu (PA), Marcelo Norkey Duarte Pereira.

Os senadores aprovaram requerimentos para ouvir: 2 ex-ministros do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Joaquim Leite e Ricardo Salles; o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho; a presidente da Funai, Joenia Wapichana; A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Queremos ouvir também João Paulo Ferreira, presidente da empresa Natura, e Deborah de Magalhães Lins, presidente do Instituto Socioambiental.

  • ou que investiga: atuação de organizações não governamentais na Amazônia;
  • quando foi instalado: 14 de junho de 2023, no Senado;
  • Presidente: Plínio Valério (PSDB-AM);
  • relator: Marcio Bittar (União-AC);
  • membros titulares: onze
  • Foram realizadas reuniões: 5
  • número de pessoas atendidas: 7



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