Selic alta: quais os melhores investimentos?

Depois de atingir o menor valor da história, de 2%, entre agosto de 2020 a março de 2021, a taxa básica de juros do Brasil voltou a subir. Desde o mês de março de 2021 foram 12 altas consecutivas. Sempre que acontece uma mudança tão forte na Selic, há questionamentos no mercado financeiro sobre quais são os melhores investimentos com uma nova taxa de juros.

Antes da aplicação histórica, os brasileiros tinham se usado tipo de baixa com taxas de retorno sem correr nenhum risco. Lá em 2015, quando a taxa Selic era de 14% ao ano, era garantida uma rentabilidade real, ou seja, acima da inflação. A partir de 2016, os investidores se viram obrigados a buscar outras opções mais lucrativas.

Agora, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve a Selic em 13,75% ano ano. A expectativa é de que a taxa básica de juros se estabilize e até comece a cair. Ainda assim, ela está alta e próxima da sua máxima histórica.

Confira, abaixo, como fica os investimentos quando a Selic estiver alta.

As quedas dos juros registrados nos últimos anos abrirão para novas possibilidades de diversificação de espaço da carteira de investimentos. Afinal, para buscar maiores retornos, os investidores vão atrás de ativos um pouco mais arriscados, como uma renda variável.

Mas o cenário muda com o juros altos. E as aplicações de renda fixam se tornam protagonistas nesse momento. Veja quais os investimentos mais rentáveis ​​com alta da Selic.

Pós-fixados

Com os juros altos, investimentos pós-fixados tendem a ser os principais beneficiados. Isso inclui os títulos atrelados à Selic e ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Na prática, quando a Selic sobe, os investimentos de renda fixa indexados à Selic e ao CD passam a oferecer uma remuneração maior.

Os investimentos pós-fixados são atrelados a um indexador da economia, como a Selic e o CDI. Em outras palavras, eles têm esse nome da contratação, você não saberá sobre um ato de previsão de lucros, e não sobre o valor exato que o investimento vai render.

Na prática, o seu investimento pós-fixado vai acompanhar as oscilações do indexador da economia, como a Selic por exemplo. Ou seja, vai render mais quando a taxa de juros subir.

Entre os investimentos pós-fixados estão:

E o risco de você escolher investimentos pós-fixados privados, por exemplo, CDBs de bancos, LCIs ou LCAs, é importante que esses títulos tenham rendimento igual ou superior ao CDI, pois eles têm um maior que as aplicações no tesouro.

Investimentos atrelados à inflação

Com a Selic alta, também existem oportunidades nos títulos atrelados à inflação. Os títulos do TesouroCA+, em especial os curtos de prazo, com vencimento entre dois e três anos, podem ser beneficiários com a alta da atualização do IP antes dos dados de vencimento.

O Tesouro IPCA+ é um título híbrido. Em outras palavras, a taxa oficial é composta pela IPCA (Índice de Preços ao MPlo, que mede a inflação do país) ou durante o período de investimento, mais taxa fixa, que na sigla é um consumidor símbolo pelo símbolo “+”.

O analista de renda da NuInvest, Eduardo Perez, explica que os títulos IPCA+ suportam uma dupla oportunidade quando a Selic e a inflação estão altas.

“Aqui você tem duas opções. Se levar até o vencimento, você tem uma taxa real (de recompensa) interessante. E teoricamente temos espaço para a inflação. Se isso acontecer, esse investimento se valorizará na marcação a mercado”, diz.

Marcação ao mercado é uma atualização fixada tanto nos preços de títulos de diária (como Tesouro Selic e CDBs), quanto em produtos de renda variável, incluindo fundos de investimento. Esse ajuste pode acontecer tanto quanto para cima.

Caso um título se valorize com a marcação a mercado, é possível vendê-lo por preço maior do que você comprou e, assim, ter lucro.

“Como o IPCA (inflação) deve seguir mais persistente do que previsto antes do início do conflito no Leste Europeu, os títulos indexados a continuação continuam se destacando se levados ao início. Mesmo que o investidor tome um susto pela marcação do mercado do Tesouro IPCA+, a janela de oportunidade melhorou ainda mais para os próximos aportes com taxas maiores”, afirma Eduardo.

Poupança ainda vale a pena com a alta da Selic?

Com a Selic os investimentos, como o Tesouro Direto Prefixado, a oferta de taxas, maiores de remuneração. Mas, com uma taxa básica de juros em 13,75% ao ano e chances de subir ainda mais do que o mercado esperava, esse tipo de título não é uma boa opção por enquanto.

O analista Eduardo e o aumento explicam que o motivo é a inflação alta no Brasil, impulsionados pelo conflito na Ucrânia e como o aumento explica que mais forte na Rússia, além do forte na Rússia.

A remuneração mais alta do Tesouro Prefixado é influenciada tanto pela Selic como pelos juros de prazo. Em outras palavras, a Selic é a taxa de juros para agora. Já os juros de longo prazo são projetados para o futuro.

Com inflação se mantendo alta e o preço de venda nos Estados Unidos, o ritmo alta da taxa Selic mais que o previsto.

De acordo com Eduardo Perez, é cedo para bater o martelo e dizer que a inflação está desacelerando quando o IPCA em 12 meses continua acima dos 9%.

Ou o preço do caso perder, tende a cair antes do vencimento.

Por lado, a levada até o vencimento sem rentabilidade de até 13% ao ano e, a possibilidade do investidor ter ganho acima da outra inflação com o IPCA no início da implementação da desaceleração.

A pressão inflacionária e o aumento no preço do dólar são os principais motivos para uma alta Selic. A expectativa era de que o reajuste na taxa de juros controlasse a inflação. Mas, como Eduardo Perez, isso está demorando a acontecer.

Nos últimos 12 meses, o IPCA, que mede a inflação oficial do Brasil, ficou em 9%. Isso deve ser feito com que um taxa se torne alta o mercado por mais tempo esperado. Além disso, também deve provocar volatilidade, ou seja, sobe e desce no preço dos investimentos.

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Inflação pelo mundo preocupado

A inflação global também é ruim para os investimentos brasileiros. Alguns países tendem a aumentar a taxa de juros para a inflação, para algumas aplicações financeiras mais confiáveis ​​por lá. Então, pode haver um grande fluxo de investidores estrangeiros tirando dinheiro do Brasil para aplicar em outros países. Isso é ruim para o nosso mercado e para a economia.

O Fed, o banco central norte-americano, promove uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos, em setembro de 2022. Esta é a quinta alta seguida no ano. Com isso, a taxa básica de juros norte-americana passou para uma faixa entre 3% e 3,25% ao ano, o maior desde 2008.

“Se todos os países começarão a aumentar os juros, o investidor internacional vai para onde é mais seguro. E aí países os emergentes levam”, explica.

Por que a renda fixa ainda é tão importante?

Apesar de não render tanto como nos últimos anos, uma renda fixa sempre será uma opção para os investidores conservadores. Estamos falando aqui de quem não quer se expor aos riscos, por exemplo, as ações.

Ela pode ser usada para proteger o patrimônio da inflação (lembre-se da rentabilidade real citada acima) e também para a construção de uma reserva de emergência.

Vários títulos de renda fixa, como por exemplo os CDBs, também trazem mais segurança por terem garantia o Fundo Garantidor de Créditos. Caso a instituição financeira quebre o dinheiro financeiro quebre, o investidor GC garante que a recuperação financeira por CPF e por instituição.

Como chances desse tipo de problema acontecer são pequenas, mas a proteção é semper bem-vinda.

A renda fixa ainda pode ser uma alternativa para pessoas que pensam no longo prazo, com investimentos para aposentadoria, em especial os títulos públicos.

Eduardo Perez recomenda focar em diversos diferentes, distribuindo o dinheiro em qualificação de tipos de aplicações, sempre aproveitando o contato com seu perfil de investidor. “O ideal é identificar o perfil e entender qual o melhor investimento para você. Quem tem uma carteira balanceada pode não ter a melhor rentabilidade possível, mas vai suavizar os momentos de queda no final”.

 

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