[ad_1]
Novonor (ex-Odebrecht), atual controladora da petroquímica, precisa vender sua gordura para pagar dividendos com 5 bancos
Uma venda do controle da Braskem casca Novonor (ex-Odebrecht) despertou ou se interessou tanto por grandes empresas nacionais e estrangeiras quanto pelo governo. No momento, 3 grupos apresentaram propostas formais para comprar ações da gigante petroquímica: unipar, J&F e Apolo/Adnoc. E mais de uma empresa pode fazer o mesmo: Petrobras.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estimulou uma transação que salvaria a Novonor e permitiria o retorno da Petrobras ao setor petroquímico, um desejo do governo e do PT, como mostra o Power360 em junho. No mercado, há um consenso de que a palavra final sobre a venda será dada por Lula.
A estatal é sócia minoritária do setor petroquímico com 36,1% do capital total. A Novonor tem 38,3% e precisa vender sua fatia para quitar os dividendos. A empresa entrou em recuperação judicial em 2020 após ser apurada com as contas fragilizadas por condenações na Operação Lava Jato.
Para enfrentar a crise financeira enfrentada, a Novonor alienou suas ações da Braskem como garantia de empréstimo a 5 bancos, seus principais credores em processo de recuperação judicial. O débito da Novonor com esses bancos é de cerca de R$ 15 bilhões.
A Petrobras tem legalmente o direito de preferência de compra do controle acionário por ser acionista minoritária. E também a possibilidade de ir juntomecanismo que garante o direito do Estado de deixar a empresa caso o controle da empresa seja adquirido por um investidor que não faça parte dela.
No dia 14 de junho, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse estar confortável com a lei preferencial que o estado teme sobre as ações da Braskem. Ele também admitiu que a empresa está trabalhando internamente para avaliar a possibilidade de arrecadar duas ofertas concorrentes para a compra dos petroquímicos.
No dia 10 de julho, a Petrobras informou ao mercado o início do processo de due diligence (análise profunda) dos dados da Braskem. O objetivo é avaliar os números da empresa para tomar uma decisão sobre a possibilidade de o estado exercer direito preferencial.
Na 4ª feira (19 de julho de 2023), Prates disse aos jornalistas que a Petroleira terá o privilégio de ser a última a se manifestar e analisar todas as propostas. Ocasionalmente, segundo ou Valor Econômico, o diretor de processos industriais e produtos da Petrobras, Willian França, diz que as 3 empresas vão colocar as cartas na mesa para o estado. “Exerceremos o direito de preferência, se necessário, no momento certo”, afirmei.
COMO CARTAS NA MESA
Entre as propostas feitas, a Unipar chama a atenção por um ponto. A química baiana não compraria todas as ações da Novonor, mas apenas parte delas. A Unipar quer comprar 34,3% das ações. Assim Novonor mantém 4% de participação, ou seja, isso agrada a empresa. Ao que tudo indica, a Petrobras teria uma fatia maior do capital total da Braskem.
O modelo de compra proposto pela Unipar foi azeitado pela Novonor, iniciando o processo de due diligence empresa de cascas. Para avançar na negociação, a empresa ainda depende do aval de dois bancos credores. A Unipar é outra gigante do setor petroquímico, controlada pelo empresário brasileiro Frank Geyer Abubakir, 50 anos.
Em valores brutos, proposto pela Unipar e igual a J&F, segurando duas empresas Joesley e Wesley Batista que controla a JBS e o banco Original. Ambos ofereceram R$ 10 bilhões à Novonor. Há uma diferença na forma de pagar, comprando com o dinheiro da empresa como os bancos, a fatia da petroquímica que seria comprada com o mesmo valor.
A J&F ofereceu o valor total das ações da Novonor, deixando a empresa fora do mercado. Com isso, o valor unitário da ação seria menor que o da Unipar. A empresa Batista precificou a ação em R$ 32. Já a de Frank Geyer Abubakir considerou o papel em R$ 36,50. Vale destacar que na última semana a participação da Braskem na B3 oscilou de R$ 26 para R$ 24, com ambas as ofertas acima dos preços de mercado.
Já uma proposta conjunta da Adnoc, petrolífera estatal de Abu Dhabi, como fundo patrimônio privado A American Apollo Global Management, inicialmente traçou grandes valores. A oferta foi de US$ 7,2 bilhões pelo total de ações (cerca de R$ 34,5 bilhões), sendo que cada ação foi vendida por R$ 47.
Portanto, o valor presente ou preço ofertado pode cair para menos de R$ 30 por ação devido a dois métodos que seriam adotados para o cálculo final do pagamento, ou que fazem com que a proposta não seja tão vantajosa quanto parece.
Além disso, o fim da participação da Novonor também pesa. Por esses motivos, a empresa estaria dificultando o acesso do consórcio Apollo/Adnoc aos dados de due diligencesegundo ou Valor Econômico.
UMA GIGANTE EM ESCALA GLOBAL
O tamanho da Braskem justifica a cobiça pela gigante do setor petroquímico. Em 2022, a empresa tem receita líquida de R$ 96,5 bilhões. É a maior produtora de resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC) das Américas. No Brasil, a empresa detém 100% do mercado de polietileno e polipropileno.
A empresa possui 36 plantas industriais no mundo. Não Brasil, estão localizados nos estados de Alagoas, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. A petroquímica também responde por 74% do mercado nacional de plásticos.
O grupo ainda tem fábricas no México, Estados Unidos e Alemanha. Nos EUA, a Braskem é a maior produtora de polipropileno. Também lidera a produção de polietileno no México.
UNIPAR PODE TER DIFICULDADE DE NÃO QUEDA
A eventual venda da petroquímica Braskem para a Unipar pode ter um difícil cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) encerrado o processo. A empresa deixaria de ter monopólio em vários segmentos e, com uma possível transação, também concentraria todo o mercado nacional de PVC, conforme noticiado ou Power360.
A Braskem detém 70% do mercado de PVC (policloreto de vinila). A Uniparfica com outros 30%. A empresa baiana, porém, está disposta a colocar a fábrica de PVC à venda para que o processo de aquisição da Braskem não seja respondido pelo Cade.
O segundo dado público dá abiquim (Associação Brasileira da Indústria de Química e de Produtos Derivados), a Braskem tem capacidade instalada para produzir 710 mil toneladas de PVC por ano. Já a Unipar, de 300 mil toneladas por ano.
A Unipar é líder na produção de cloro e soda e a 2ª maior produtora de PVC da América do Sul. Em 2022, até receita líquida da empresa chega a R$ 7,3 bilhões15,6% superior ao obtido em 2021. O lucro líquido consolidado atingiu R$ 1,3 bilhão em 2022, 14% superior ao valor atual de 2021.
[ad_2]