PIB brasileiro não pode crescer menos do que média mundial

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Fazenda projeta crescimento de 2,5%, enquanto FMI espera que indicador global fique em 3%; ministro diz estar “otimista”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 4ª feira (13.set.2023) que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro “não pode crescer menos do que a média mundial”. Segundo o ministro, o país não tem “o direito de oferecer para a sociedade menos do que um crescimento superior ao da média nacional”.

“É muita coisa para desperdiçar esse momento. Estou otimista. Espero que nós tenhamos um ciclo longo depois de 10 anos de muitas dificuldades. Muitos desafios, alguns artificialmente criados, outros externos, que nos abateram”, disse. A declaração foi dada durante painel do prêmio Melhores e Maiores, da revista Exame.

Em 1º de setembro, Haddad projetou um crescimento de 3% para o PIB em 2023. Em julho, o Ministério da Fazenda aumentou de 1,9% para 2,5% a projeção para o crescimento do indicador deste ano. No mesmo mês, o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou a previsão de crescimento da economia global para 2023 para 3% em julho.

RELAÇÃO COM O CONGRESSO

O ministro da Fazenda voltou elogiar os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a atuação do Congresso na aprovação de medidas econômicas consideradas prioritárias para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Tivemos um 1º semestre que há muito tempo não se via, do ponto de produtividade legislativa. Ninguém apostava que a reforma tributária ia passar pela Câmara no 1º semestre de 2023, antes do recesso”, disse. Para Haddad, “o governo fez a sua parte”, mas o Congresso também “se envolveu no assunto”

O ministro da Fazenda afirmou ainda que conversou com o relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), e com Pacheco, e disse acreditar que o cronograma de votação do texto na Casa até outubro será cumprido. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados em julho, com ampla margem nos 2 turnos.

“Quando você é razoável –baseado nas melhores práticas internacionais, nos princípios da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]– o Congresso tem se demonstrado sensível a esses argumentos. E, aí, ele vai fazer a mediação. E é natural que isso aconteça”, afirmou Haddad.

“O que não podemos fazer é desistir dos nossos objetivos. Se amanhã, uma medida, entre as dezenas que a gente mandou, sobre um revés, nós temos que imediatamente substituí-la por outras. Temos que ir acertando. O que for necessário fazer para arrumar a casa. Temos que fazer”, disse.

Eis abaixo outras declarações de Haddad no evento da Exame:

  • Plano de Transição Ecológica: “Queremos, agora, a partir da viagem para os Estados Unidos na próxima semana, anunciar o plano de transição ecológica, para atrair investimentos a partir da nossa matriz energética, que é a mais limpa do mundo.”
  • política monetária X fiscal: “Não existe política monetária e política fiscal. Existe política econômica. São 2 braços do mesmo organismo, trabalhando para o mesmo propósito, o mesmo objetivo. As coisas estão se harmonizando mais no Brasil. Começou tenso no começo do ano. E era natural que isso acontecesse. Não aconteceu nada de grave. Mas o fato é que hoje estamos tentando construir e estamos construindo uma convergência, cada braço da política econômica fazendo sua parte.”
  • medidas econômicas: “O recado que foi dado no início do ano foi dado tempestivamente. Se a gente tivesse demorado muito tempo, acho que a gente teria perdido o bonde […] Foi um compasso de medidas cronologicamente organizadas para gerar na sociedade a sensação de quem está à frente da área econômica sabia o que o investidor, estrangeiro ou nacional, trabalhador, esperava. Não estou dizendo que todos os riscos estão afastados.”
  • papel do Congresso na transição de governo: “O processo de transição foi feito pelo Congresso Nacional, não foi como originalmente a gente enxerga: as equipes de governo. Não, o que houve foi que o Congresso assumiu transição de governo. E a transição foi feita no parlamento […] O Arthur Lira e o Rodrigo Pacheco tiveram um papel fundamental em liderar os líderes dos partidos e compreender aquela situação. Houve uma enorme boa vontade de que as coisas não desandasse […] Penso que soubemos conduzir junto com o parlamento e essa confiança que foi estabelecida na transição se perpetuou.”



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