Você é primoroso de automóveis que aprecia hatch médios, e é aficionado pelo golfe? Você está preocupado com essa onda da SUV´s que pegou até mesmo a Volkswagen?
Você acha que SUV são carros de mau comportamento que guiam, instáveis e ruins? Está preocupado que não terá opção ao seu Golf ou Focus? Temos uma notícia: o T-Cross é um SUV com um comportamento de hatch médio, e se você – como nós – aprecia o Golf, você vai gostar – e muito – dele.
Nós com um T-Cross 1.0 TSI Automático por uma semana, e de todos os carros que já avaliamos em Brasília (DF), o novo SUV da Volkswagen foi o único que nos fez muito tristes de ter que devolvê-lo, e o primeiro carro que além de muito agradável parece ser tão adequado, ele é um crossover/SUV competente, ou mais competente nesse aspecto que os concorrentes.
A Volkswagen demorou a entrar no segmento, mas a valeu a pena. Depois de andar no T-Cross, você vai deixar de lamentar o fim de linha dos Golf 1.0 TSI e 1.4 TSI no Brasil. O Golf tem um acabamento interno melhor, com algumas frescuras a mais, mas no conjunto da obra, o T-Cross é um sucessor competente para as versões “civis” do Golf, principalmente porque ele é tão ou mais gostoso de dirigir que o icônico hatch médio alemão.
Modelo de acesso automático-Cross, de R$ 94.500, equipado com o pacote que agrega o sensor de estacionamento antecipado e câmera de ré, além do rebatimento automático dos retrovisores. Isso se soma aos seis airbags, sensores em couro, piloto automático, volante deste veículo, mesmo no modelo de acesso, ser “com” de fato, sem que sinta falta de nada.
Mas o que agrada mesmo no T-Cross é o fato de ele ser um SUV – talvez o único entre os compactadores. Com ele você está na moda dos SUV´s, sem ter que abrir a mão do prazer que antes só os hatchs médios proporcionam. A distância ao solo é de um SUV – 19,1 cm – e vai te deixar tranquilo em trilhas, lombadas, crateras e valetas.
Mas, sobretudo no asfalto, em curvas de qualquer raio, este SUV tem uma dinâmica inigualável. Primeiro porque o banco do motorista permite que você dirija bem, em posição esportiva (mas a amplitude de ajuste é grande, que, caso você queira, pode andar muito alto também, um SUV).
Associe-se a isso uma suspensão que é bem mais confortável que a do Golf (no sentido de maciez), mas tão competente quanto ele encara as curvas. A carroceria não tomba, e o T-Cross engole sequencias de curvas com a desenvoltura de um hachura competente médio. Quando você percebe, um sorriso se forma no seu rosto, e você percebe que os engenheiros fazem este SUV para não apenas quem gosta de SUV, mas, sobretudo, para se quem ainda não se rendeu.
Mesmo tão competente em curvas, quando você encara um piso esburacado ou uma trilha fora da estradaa suspensão de comportamento tudo, não chega ao fim de curso, e isola a cabine dos solavancos com uma competência impressionante, e que, neste aspecto, se mostra muito superior ao Golf (o hatch)
O T-Cross é cheio de assistentes eletrônicos: ESP, ASR, Hill Assiste e XDS diferencial, que entram em ação quando este carro, que em geral é plantado no chão, é abusado pelo motorista. A direção é precisa, direta e esportiva, e traz muito feedback ao motorista. Sim, ele é muito, muito gostoso de guiar.
Esportivo com motor 1.0?
Você pode perguntar: 1.0 de três cilindros em um carro desse tamanho? Esse é o milagre da tecnologia. É um 1.0 turbinado, diretamente injetado, com duplo comando e variadores de fase nos comandos, que despeja 128 cv e 20,5 Kgfm de torque (quase 1 Kgfm a mais que o Compass 2.0 Flex – que pesa bem mais). E essa maravilha da engenharia está associada com a melhor transmissão automática de suas marchas do mundo, o AISIN.
Os números (0 a 100 km/h em 10,5 segundos) mostram que ele é mais rápido e ágil que qualquer concorrente. E é mesmo. Não há comparação com os concorrentes aspirados. O T-Cross acelera bem mais, recupera bem mais. E faz tudo isso de forma suave é, silenciosamente e sem trancos – o câmbio parece que não existe, de tão macio seu funcionamento. O consumo, mesmo sendo cidade.
Se você ainda quiser mais etividade pode optar pelo modo Sport da transmissão. Ou pela agregação acima, o Comfortline 20 TSI, que ainda é a versão mais clara do modo de condução. E mesmo sendo segue desportivamente, o SUV silencioso confortável e macio.
A cabine agrada muito pela amplitude de interior, pelo bom acabamento, silêncio e sensação de qualidade. A alavanca de câmbio é nova na gama Volkswagen, e contém indicador de marcha na manopla. Faz falta os “pqp” no teto. Alguns mais exigentes apontam o acusador para o freio de mão manual e o painel sem revestimento.
O freio de mão eletrônico é irrelevante em carros, e o revestimento macio no painel não está presente nem no Toyota Hilux SW4 de R$ 260 mil reais (que também tem painel de plástico rígido), e nem em seus concorrentes diretos, como Honda HR -V, Hyundai Creta e Nissan Kicks.
O porta-malas 373 litros de bancos com ajuste na posição normal, e chega a 373 litros com ajuste na 4.
Conclusão
Finalmente temos no Brasil um SUV para quem prioriza o máximo prazer de dirigir. O T-ros certamente seduzirá muitos compradores de Golf (como alguns destes editores), mas vai aproveitar muito os apreciadores de SUV´s, pois ele tem tudo o que os demais SUV´s têm, e um algo a mais, que só um SUV com DNS alemão pode oferecer: é tão ou mais divertido de guiar que um hatch médio.
