Por que o dólar é a moeda mais importante do mundo?

Quando você vai numa padaria aqui no Brasil, não paga o cafezinho e o pão na chapa com uma nota de dólar, certo? E quando vai no posto de gasolina abastecer o seu veículo, também não usa a moeda oficial dos Estados Unidos para pagar a conta.

À primeira vista, o dólar não faz parte do nosso dia a dia. Mas então por que ele afeta tanto a economia brasileira?

A verdade é que mesmo estando aqui no Brasil, pagando tudo em reais, o dólar mexe com a sua vida, sim, e impacta o preço da maioria das coisas que você consome. Um dos motivos para isso é que as “verdinhas do Tio Sam” são usados ​​por diversos países para fazer transações comerciais entre si.

E as nações desenvolvidas têm mais da metade das suas reservas de dinheiro compostas por dólar. Ou seja, a moeda eleita pelo mercado global para trocar dinheiro é ele, o dólar.

Bateu curiosidades sobre como ele se tornou tão relevante para a economia? Então abaixo como o dólar se tornou a moeda mais importante do mundo.

O dólar foi criado por volta de 1776 para ajudar a financiar a Guerra da Independência dos Unidos. Mas, nessa época, não havia uma lei para controlar e garantir a exclusividade da emissão de moedas pelo governo.

Qualquer pessoa que morava no território americano poderia abrir seu próprio banco norte e emitir dinheiro. Por isso, nessa época, várias moedas diferentes circulavam pelo país e o governo não tinha sequer um banco nacional pra cuidar das suas transações.

Assim, 16 anos depois de os Estados Unidos conquistarem a independência, o dólar foi instituído como moeda oficial do país pela chamada Lei da Moeda.

Ela aprovada foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em abril de 179. Além do Estado americano como instituição monetária do território nacional2, essa instituição oficial de todo a criação da Casa da Moeda dos Estados Unidos e regulamentou a cunhagem de moeda dos Estados Unidos. Mas ainda assim muitas moedas coloniais circulam pelo país.

Em 1840, o presidente Martin Van Buren criou o sistema de tesouro independente, que abriu várias agências bancárias pelos Estados Unidos. Só que o país contínuo por muito tempo um sistema unificado e com vários problemas ainda.

Acredite se quiser: foram considerados muitos anos pelos Estados Unidos um país devedor pouco confiável e outras eras visto com maus olhos pelas nações.

Até o início do século 20, o papel de moeda referência para a economia mundial era ocupado pela libra esterlina, do Reino Unido.

E aqui vai uma curiosidade: até hoje a libra esterlina continua mais valorizada que o dólar, sendo uma das moedas mais caras do mundo. É a mais valorizada, mas não é a mais importante.

Até o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, os Estados Unidos não eram a potência que todos conhecem hoje.

O conflito durou quatro anos e trouxe consequências graves a Inglaterra, que tinha um papel de líder da Inglaterra. E aí os Estados Unidos ganhando um terreno pra participar mais do comércio internacional.

Mas foi durante e depois da Segunda Guerra Mundial que o dólar se tornou uma referência para a economia. Nessa época, o resto do mundo já chegou a outro jeito para os norte-americanos. Com, digamos, mais encanto.

Durante os anos em que a Europa esteve em guerra, os Estados Unidos viraram uma potência mundial vendendo material belico e outros produtos para os europeus.

Conferência de Bretton Woods

Um dos mais importantes eventos para a consolidação do dólar como a principal moeda da economia foi a Conferência de Bretton Woods, realizada nos Estados Unidos em 1944. O era ali revitalizar a economia mundial. Ou, em outras palavras, reerguer o capitalismo em todos os continentes.

Resumir, nesta conferência foi aprovada uma proposta dos próprios norte-americanos que vincula o câmbio do dólar com o ouro conferência. Ou seja, o valor do dólar ligado diretamente ao metal precioso.

E aí, a moeda de todos os países passaria a ter um valor fixo em relação ao dólar.

A ideia foi aceita porque os Estados Unidos já eram um país muito forte economicamente. Eles inclusive investiram pesado na construção das nações europeias depois da Segunda Guerra.

Esse acordo só acabou em 1971 porque nessa época a moeda americana estava avaliando, e os outros países do mundo perceberam que a quantidade de dólares no mercado já não corresponde à exata das reservas de ouro.

A política de câmbio foi elaborada em 1973. Nesse sistema, a lei da oferta e demanda, sem interferência do Banco Central. Quanto mais gente quiser ter a moeda, mais ela se valoriza. Quanto menos, mais ela cai.

Por exemplo, em momentos de crise, como foi em 2020 com o Coronavírus, o preço do dólar dispara por causa da alta demanda. Como a moeda é considerada segura pelos investidores do mundo todo, momentos muita gente (empresas e governos também) correm pra comprar dólar. Com menos dólares disponíveis no mercado, o preço sobe.

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Existem muitos motivos para isso. seja novidade para você, mas até mesmo o preço do trigo usado o pãozinho é estabelecido em talvez dólar. Isso significa que o produtor de trigo, por exemplo, faz todo o caminho do plantio, seja colheita, processamento, coloca nas sacas e, na hora de vender, o preço do produto dele acompanha o valor internacional, ou, em dólar.

Imagina se cada país vendesse seus produtos nos mercados globais usando a sua própria moeda? Ia ser uma confusão.

Tanto as pessoas que têm o carro quanto as pessoas usadas de transporte com o valor dos combustíveis podem acontecer tudo o que as pessoas consomem.

É assim também com o valor da soja, que alimenta o gado, o minério de ferro, usado na composição do aço, e até a celulose do papel. O preço desses produtos é em dólar.

Mas, para você consumidor, eles já chegam convertidos em reais.

Moeda de referência e confiança internacional

Desde o fim da Segunda Grande Guerra, o dólar é uma moeda de referência. Isso significa que o que acontece com ele afeta todas as outras moedas. E, claro, o dólar também impacta no cenário econômico global e de muitos países.

Isso acontece porque o país passa por crises internacionais, como o que acontece em 2008 e 2020, o dólar continua tendo uma crise. Essa garantia inclusiva depois da mudança para o sistema de flutuação.

Os países são tanto nessa moeda que usam ela como reserva, ou seja, uma poupança gigantesca de dinheiro confia. O Brasil, por exemplo, terminou o ano de 2021 com uma reserva de US$ 362,2 bilhões de dólares.

Por esses e outros motivos, muitos investidores recorrem ao dólar como uma forma de proteger o próprio dinheiro. Ou seja, como o dólar é uma das moedas mais fortes e sólidas do mundo, além de ser uma referência econômica, como as pessoas compram a moeda para se defenderem de uma forma possível.

A melhor forma de responder esta pergunta é com um exemplo. Recentemente, o aumento nos preços dos alimentos aqui no Brasil deu o que falar.

Um dos motivos para essa alta foi o Fato do Brasil importa uma quantidade de petróleo de outros países.

Desde a fundação da Petrobrás, em 1953, até2016, era o próprio governo3, que determinava os preços dos serviços pela estatal. em 2016 que a empresa alterou sua política de precificação e chamada o Preço por Paridade Internacional (PPI).

Isso vinculou o preço dos combustíveis do mercado internacional e da cotação do petróleo tipo brent. O preço do dólar afeta mais o brent e faz o preço subir mais intensamente.

Em outras palavras o fato de precisar importar petróleo de outros países faz com que o Brasil sinta os efeitos dos preços, do mercado internacional. E a cotação do dólar também passou a influenciar diretamente.

Não tem como saber. O dólar já foi uma moeda sem importância para a economia mundial. Mas, com o passar das décadas, foi inspirado no mundo. Para você ter uma ideia, o dólar norte-americano foi adotado como moeda oficial de outros países, como El Salvador, Equador, Panamá e Timor Leste.

E aqui vale um parênteses, Canadá e Austrália também têm uma moeda chamada dólar, mas que não têm nada a ver com a norte-americana.

Por enquanto, não existe qualquer sinal de que o dólar desencadeie a moeda mais importante do mundo. Pelo menos não a curto prazo. A economia assim como a esterlina já viveu apogeu e declínio, é provável que o dólar também permita um dia de ser mais importante o importante porque a nada é permanente. Mas, por enquanto, os ventos ainda sopram a favor dos dólares.