Pele de Tilápia é usada para Tratamento de queimaduras

m método criado no Brasil, a pele de tilápia para queimaduras é um dos grandes potenciais da medicina para o tratamento de lesões por queimaduras na pele.

O potencial da pele de tilápia para queimaduras.

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Além de seu uso na culinária, a tilápia tem um potencial único no campo médico, especificamente para o tratamento de queimaduras de segundo e terceiro grau da pele.

Método desenvolvido no Brasil

O método, desenvolvido pela primeira vez aqui no Brasil por médicos do Ceará, é pioneiro no mundo. “No Brasil, para tratar queimaduras, normalmente usamos um creme com efeito de 24 horas. Todos os dias você tem que trocar o curativo, remover o creme, lavar a área queimada, colocar o creme de volta e fazer um novo curativo”.

Explica Edmar Maciel, cirurgião plástico e presidente do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), que desenvolveu o procedimento. Isto acaba sendo muito trabalhoso, caro e doloroso”, acrescenta ele. Veja um relatório da Globo sobre o uso da pele de tilápia no tratamento de queimaduras.

O Hospital do Instituto Doutor José Frota (IJF) em Fortaleza já utilizou o método de tratamento de queimaduras com pele de peixe em 56 pacientes. O tratamento com a “bandagem biológica” tem sido aplicado às pessoas desde 2016 no Centro de Queimados da unidade.

O tratamento foi desenvolvido durante dois anos no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Drogas (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC), com a participação de pesquisadores do Ceará, Pernambuco e Goiás. De acordo com os pesquisadores, o curativo à base de animais aquáticos é inédito no mundo.

Os benefícios do uso da pele de tilápia para queimaduras

O método oferece inúmeras vantagens em relação a outros tratamentos. Ao permanecer na queimadura por vários dias, dependendo da gravidade da ferida, a pele do peixe evita a dor de ter que trocar o curativo.

Em outros países, é utilizada a pele de outros animais, especialmente de suínos. Mas uma das principais vantagens do uso da tilápia é que “sabemos que estes peixes são menos suscetíveis à transmissão de doenças do que os animais terrestres”, diz Maciel.

Por outro lado, tem uma quantidade maior de uma proteína chamada colágeno tipo 1, maior resistência (semelhante à pele humana) e um grau adequado de umidade que ajuda na cura. Graças à sua boa adesão, a pele evita a contaminação externa e limita a perda de proteínas e plasma, o que pode levar à desidratação e, em última instância, à morte do paciente.

Outros usos em estudo

O trabalho dos pesquisadores já ganhou vários prêmios no Brasil. A equipe está estudando agora a possibilidade de utilizar a pele de tilápia em outras áreas da medicina, por exemplo no campo da ginecologia, para atresia vaginal ou para uso em endoscopia.

Também será realizado um estudo comparativo para avaliar as diferenças no tratamento de queimaduras entre a pele de porco, cão, humano e tilápia.

Veja a matéria sobre como é feito o tratamento com pele de tilápia para queimadura:

 

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