Conselho Otan-Ucrânia condena as tentativas “deliberadas” da Rússia de interromper as exportações de grãos ucranianos
O Conselho Otan-Ucrânia se reuniu na 4ª feira (26.jul.2023) para discutir a “séria situação de segurança” no mar Negro depois que a Rússia deixou o acordo para escoar grãos ucranianos. O grupo é formado por representantes dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte e da Ucrânia.
Segundo a Otan, a reunião foi convocada após pedido do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
A Rússia deixou o acordo em 17 de julho. Na época, atacou por dias seguidos cidades portuárias da Ucrânia, como Odessa e Mykolaiv. Na 3ª feira (25.jul.2023), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse ser “impossível”, no momento, o retorno da Rússia ao acordo para exportações de grãos pelo mar Negro.
Em nota emitida depois da reunião, a Otan disse condenar “fortemente” a decisão da Rússia de se retirar do acordo e as “tentativas deliberadas de interromper as exportações agrícolas da Ucrânia, das quais centenas de milhões de pessoas em todo o mundo dependem”.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, declarou que a Rússia “assume total responsabilidade por suas ações perigosas e escalonadas” na região do Mar Negro.
“A Rússia deve parar de armar a fome e ameaçar as pessoas mais vulneráveis do mundo com instabilidade alimentar”, falou. “As ações da Rússia também representam riscos substanciais para a estabilidade da região do mar Negro, que é de importância estratégica para a Otan. Os aliados estão intensificando o apoio à Ucrânia e aumentando a vigilância. Continuamos prontos para defender cada centímetro do território aliado de qualquer agressão”, declarou.
