Na tradução literal, open banking significa “banco aberto”, ou “sistema bancário aberto”. Esse conceito tem um princípio simples: o de que é preciso abrir o leque de opções disponíveis para o consumidor e permitir que ele tenha mais liberdade para levar suas informações financeiras para quem quiser.
A base do Open Banking (também chamado de Open Finance) é simples: todo o mercado financeiro deve adotar uma camada de tecnologia padronizada – uma forma de comunicação fácil para simplificar a portabilidade de dados.
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De quebra, essa tecnologia, conhecida como APIs, permite ampliar a oferta produtos e serviços financeiros – combatendo mais a concorrência e a super competição a um setor conhecido por serviços.
Isso porque a premissa do Open Banking é ter APIs abertas – ou seja, ter essa base de tecnologia disponível para que um acontece ecossistema de produtos e serviços financeiros.
Tudo pode ser feito em um ambiente seguro – como já acontece hoje com todas as operações online – não qual o cliente tem controle total das informações que decidir compartilhar com outras instituições ou empresas.
O Reino Unido é um dos locais nos quais o Open Banking já é uma realidade. Estados Unidos, Austrália, Japão, União Europeia e Hong-Kong também já estudam como implementação desse sistema.
No Brasil, a primeira fase do Open Banking teve início em fevereiro de 2021. (veja mais abaixo).
O que é Open Banking na prática?
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Imagine tudo o histórico de créditos construídos ao longo do tempo com um banco – as contas pagas em dinheiro
Com o Open Banking, o cliente consegue chegar a todas essas informações e não ter que começar com uma nova instituição.
Essa é uma mudança que facilita muito a vida dos clientes que querem migrar da instituição ou simplesmente adquirir um novo produto financeiro.
Hoje, esse processo é burocrático e chato – e começar a usar um novo serviço nem sempre é uma experiência completa.
Isso acontece porque, muitas vezes, falta à nova instituição ou produto o contexto para oferecer às pessoas algo mais personalizado, como um limite de crédito ou um pacote de investimentos adequados a cada perfil. Com o Open Banking:
- Um cliente que pede um valor em uma instituição, por exemplo, pode usar seu histórico já existente em outros lugares para conseguir melhores taxas de juros ou limites.
- Além disso, fica muito mais fácil desenvolver novos produtos e serviços quando todo o mercado fala a mesma língua e tem um padrão.
Isso não Significa que toda a tecnologia, de todas as instituições, será a mesma – e muito menos que as informações soltas no sistema.
Na verdade, apenas uma camada dessa tecnologia será capaz de entender e conversar com todas as plataformas do sistema se o cliente histórico para outra instituição de compras – quiser-nos com algum serviço seu aplicativo de controle de gastos ou em sites de compras, por exemplo.
Essa tecnologia – ou forma de conversar – se dá por meio de APIs.
O que são as APIs do Open Banking?
API, ou interface de programação de aplicativosé parte de um sistema que funciona justamente como uma área compartilhada para falar com outros sistemas.
Por exemplo: toda vez que você acessa um localo seu navegador só consegue mostrar como informações porque está “conversando” com uma API do servidor não qual a página está hospedada.
As APIs são parte de diversos programas usados dentro de todos os tipos de empresas – mas elas também podem ser aberto para a comunidade, o que significa que terceiros também conseguem criar produtos a partir delas.
As empresas de tecnologia famosas por terem APIs abertas. Com a API do Google Maps o serviço de mapas do Google, qualquer um consegue construir um site com um mapa integrado a ele, por exemplo.
Vários sites também usam como APIs abertas de redes sociais para criar formas mais rápidas de cadastro. Repare na quantidade de páginas que dação a opção fazer Conecte-se usando o perfil de uma rede social.
Em resumo, a API da rede social é uma padronizada de pedir informações que o usuário já pode usar por lá na hora de fazer o funcionar no site – mas ela só se o usuário permitir essa integração.
De forma semelhante, o Open Banking envie que todo o mercado financeiro tenha APIs abertas.
Cada banco, empresa, fintech ou operadora continua tendo autonomia para desenvolver os produtos, com a tecnologia que escolher e adotar todos os procedimentos de segurança.
A diferença é que passa a existir uma forma padronizada de conversar. A partir dela, uma série de produtos e serviços pode surgir para competir com os bancos atuais, fintechs e casas complementares de câmbio, por exemplo, ou para o que eles já suportam.
Nenhum deles, no entanto, tem acesso aos dados sem que o cliente escolha suas informações.
Veja também:
Quais são as vantagens do Open Banking – ou Open Finance?
O que é API e que essa tecnologia tem a ver com o Open Banking?
Open Banking ou Open Finance: quais cuidados devem ser tomados para evitar golpes
Open Banking: 7 dúvidas respondidas
Vantagens do Open Banking
Não existe um único modelo de Open Banking. países no mundo estudam diversas formas de implementa-lo.
No entanto, existem vantagens gerais particulares dos princípios básicos desse sistema:
- Mais liberdade e autonomia para os clientes: hoje, a burocracia interna das instituições é uma barreira enorme na hora de tentar mudar de banco. Além disso, quanto maior o tempo de relacionamento com uma instituição, mais informações ela tem a respeito do cliente. Ao migrar, pelo menos parte dessas informações se perde. Com o Open Banking, o cliente não fica preso a esse sistema.
- Menos custos: as APIs abriram um sistema muito mais integrado, no qual pode ser possível ser intermediários e tornar os processos mais rápidos e baratos.
- Mais competição: o Open Banking reduz uma barreira de entrada para novos serviços e produtos, criando um ambiente mais competitivo e com mais opções para o consumidor.
Além das vantagens, existem também pontos de atenção ligados ao Open Banking – em especial à segurança das informações.
Por isso, o primeiro e mais importante passo na criação de um sistema de Open Banking é garantir um ambiente seguro para os usuários.
Além disso, países que já criaram um testar o sistema (como a Inglaterra) criaram também uma série de colares e regras para impedir o mau uso das informações dos clientes – além de formas simples de cortar o acesso aos dados quando o cliente não quiser mais utilizar algum serviço ou produto.
Ter mecanismos de controlar que realmente dá autonomia aos clientes, é um ponto fundamental do Open Banking.
Como vai funcionar o Open Banking no Brasil?
No Brasil, o cronograma de 2021 foi dividido em 4 etapas, de acordo com o Banco Central.
Fase 1: A primeira fase teve início no dia 1/02. Nela, foram abertos os dados das instituições participantes, canais de atendimento e os produtos e serviços que suportam – como contas de depósito à vista, salvação e operações de crédito. Essa 1ª fase não envolve o compartilhamento de dados de clientes.
Fase 2: Na segunda fase, que começou no dia 13/08, o cliente pode compartilhar seus dados pessoais de cadastro, como nome completo, CPF/CNPJ, telefone, endereço e dados de transações relacionadas aos produtos e serviços de suas transações. Tudo isso acontece somente com autorização da pessoa.
Fase 3: Na terceira fase, com início em 29/10, é possível iniciar um pagamento fora do ambiente do banco via Pix. Os clientes podem ter acesso a serviços como aplicativos e propostas de crédito por uma mensagem, por exemplo.
Fase 4: Na quarta fase, que teve início em 15/12, de forma gradual, é possível o compartilhamento de outros dados de produtos e serviços, como informações relacionadas a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.
Ainda há um cronograma previsto para 2022. Veja como dados:
- 15 de fevereiro de 2022: Possibilidade de iniciação em pagamento com TED e transferência entre contas na mesma instituição;
- 4 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados referentes a seguros, previdência complementar aberta e capitalização;
- 11 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados referentes a serviços de credenciamento em arranjos de pagamento;
- 18 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados de operações de câmbio;
- 25 de março de 2022: Início do compartilhamento de dados de contas de depósito a prazo e outros produtos com natureza de investimento;
- 30 de junho de 2022: Possibilidade de iniciação em pagamento de boletos;
- 30 de setembro de 2022: Possibilidade de iniciação de pagamentos com pagamento em conta.