Linguagem inclusiva: boas práticas para o RH

O países da linguagem já inclusiva é uma tendência forte também em muitos Brasil e os seus impactos no Brasil já são uma forte tendência. Em especial, no mundo corporativo, esse tipo de linguagem visa ampliar como práticas das políticas internas de diversidade nas empresas.

Neste artigo, explicaremos o que é a linguagem inclusiva. Falaremos também sobre como promovê-la, além de boas práticas a serem adotadas pela liderança. Acompanhe os próximos passos!

O que é Linguagem Inclusiva?

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A proposta da linguagem inclusiva é possibilitar uma comunicação que não exclui ou reduza algum grupo de pessoas, mas sem modificar o idioma. Podemos dizer que esse tipo de linguagem agrega em vez de separar, acolher em vez de repelir e respeitar em vez de agredir.

Como exemplo típico da linguagem inclusiva podemos citar o uso de coletivos. Por exemplo: Boa noite a todas as pessoas. Nesse caso, o objetivo é englobar todos os gêneros em uma narrativa ou falada.

A diferença entre linguagem inclusiva e neutra

A linguagem inclusiva e neutra andam de mãos dadas. Porém, existe uma diferença entre essas duas formas de comunicação. A linguagem inclusiva abrange todas as pessoas com palavras e variações já existentes no idioma. Enquanto a linguagem neutra altera pronomes e outras terminologias buscando novas palavras para abranger qualquer pessoa, independentemente do gênero pela qual se identifica.

Esse tipo de linguagem vem se difundido no mundo virtual. Basta acessarmos as redes sociais, lermos artigos em blogs ou trocar mensagens eletrônicas, que logo notamos termos como: todes, elu, amigues, entre outras.

Nossa língua portuguesa, em razão de um histórico patriarcal, aponta o gênero masculino como o correto para representar grupos de pessoas (todos, os professores, os senadores). Porém, a linguagem se inclusiva e neutra apontam para outra realidade que distancia um pouco da tradição linguística.

Promovendo a inclusão no ambiente de trabalho

De acordo com o estudo “A diversidade vence: como a inclusão é importante”, publicado pela McKinsey & Company, 83% das empresas brasileiras que foram pesquisadas não têm sequer uma mulher em posição de liderança.

Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, estão incluídos apenas 6% das pessoas transexuais no mercado de trabalho.

Esses números mostram o longo caminho que a diversidade ainda têm no mundo corporativo. Porém, o segredo do sucesso está na implantação de práticas estratégicas e bem direcionadas. Veremos algumas a seguir.

Comece pela liderança

Na empresa, como em todas as esferas da vida, podemos dizer que o exemplo “vem de cima”, ou seja, das pessoas que estão na linha de frente. No caso das organizações, estamos nos referindo a uma liderança inclusiva.

Esse grupo de profissionais deve ser composto por pessoas de diferentes gêneros e recortes sociais para que profissionais internos e candidatos se sintam selecionados. Além disso, uma liderança diversificada será mais atuante e engajada na aplicação de práticas inclusivas.

Quando esse é o cenário de uma empresa, a mentalidade dos tempos começa a mudar quase que naturalmente. O efeito é a criação de uma cultura interna favorável à disseminação da igualdade.

Promova o conhecimento

Um programa interno de conscientização e educação inclusiva é uma das melhores ações que a empresa pode implantar. Por que afirmamos isso? A resposta é simples: a educação transforma a maneira de pensar das pessoas.

Nesse tipo de programa educativo, a empresa pode incluir, palestras, workshops, dinâmicas e entrevistas que falem sobre os desafios e os benefícios da inclusão. Além disso, é possível criar cartilhas que mostram o valor da diversidade nos tempos, bem como abrir espaços físicos e virtuais para debates sobre o tema.

Utilizar uma linguagem inclusiva

Em um tópico anterior, falamos sobre a linguagem inclusiva ou neutra. Esse tipo de comunicação pode ser adotado nos e-mails, nas postagens nas redes sociais da empresa, nas conversas entre as equipes e nos eventos internos.

Quanto mais a linguagem inclusiva e neutra for utilizada, a melhor incorporação natural dela não será aceitável dos colaboradores. Os resultados disso podem acontecer na boa interação entre profissionais de diversos perfis.

Boas práticas da Linguagem Inclusiva para o RH

A adoção de boas práticas de linguagem inclusiva deve fazer parte da comunicação do RH. Afinal, esse é o setor responsável pela gestão do capital humano e precisa dar o exemplo nesse tema. Mas quais são as melhores ações de inclusão? Falaremos a seguir.

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Pergunte com qual pronome se identifica

Logo na fase de admissão e onboarding, o RH deve perguntar quais são os pronomes que o profissional gostaria de ser identificado. Após essa resposta, o setor incluirá esse pronome em todas as formas de comunicação com o profissional, escrita, virtual ou física.

Quando a comunicação não se direciona a um determinado profissional, mas a um grupo de colaboradores, a regra é usar expressões neutras Aqui vão alguns exemplos:.

  • vamos convidar o pessoal do Marketing > vamos convidar a equipe de Marketing
  • os diretores participarão do evento > a diretoria participará do evento

Não use adjetivos sexistas

O RH deve tomar o mesmo cuidado com os adjetivos. Muitas vezes, é possível tirá-los das frases que trocá-los por uma expressão mais generalista. Por exemplo: em vez de falar especificamente que um gestor ou gestor desejado é bom com prazos, se pode dizer que uma liderança realiza como tarefas dentro do prazo.

Uma alternativa é usar termos neutros, como: eficiente, acima da média, capaz, inteligente, entre outros. Se todos os bens são, todos esses são bem para todos os bens.

Expressões racistas ou capacitistas nunca mais

É muito importante que a empresa também acabe de vez com as expressões racistas ou capacitistas. Por exemplo: denegr, judiar, mal-amada, deficientes, entre outras.

Vale lembrar que tais expressões racistas ou que rebaixam um determinado grupo de pessoas, provocam um efeito negativo no ambiente interno da empresa. Com isso, os conflitos internos entre os colaboradores podem aumentar.

Outra consequência ruim é a queda na marca empregadora da empresa. Afinal, uma organização que não respeita seus profissionais, não atrai e muito menos retém talentos que prezam a inclusão e a diversidade.

Sendo assim, uma linguagem inclusiva e neutra são provas de uma religião que as empresas podem evoluir e que são importantes contra o preconceito de gênero, étnico, raça, religião etc.

Essa mudança não pode ser feita com respeito à noite, mas com a disponibilidade e prática será possível para a comunicação inclusiva da sua.

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