Febraban defende manutenção do parcelado sem juros no cartão

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Em comunicado, federação diz que busca soluções graduais para reequilibrar o custo e o risco de crédito

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse nesta 2ª feira (14.ago.2023) que não pretende acabar com as compras parceladas no cartão de crédito. Em nota, defendeu que o cartão de crédito deve ser mantido como “relevante instrumento para o consumo”.

Na 5ª feira (10.ago.2023), o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, sinalizou o fim do rotativo do cartão de crédito para combater a inadimplência. Afirmou que a instituição estuda uma solução para fazer com que o crédito vá direto para o parcelamento, na tentativa de desestimular o parcelamento prolongado.

Em junho, os juros do rotativo atingiram 437,3% ao ano. O número representou uma queda de 16,7 pontos percentuais.

Nesse contexto, a Febraban diz que está discutindo novos modelos de parcelamento de compras que beneficiem os consumidores e as instituições que trabalham na indústria do cartão de crédito (bandeiras, bancos emissores, adquirentes, lojistas e consumidores).

Defende que “o cartão de crédito deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias”. Porém, diz ser preciso criar medidas que reequilibrem o custo e o risco de crédito, uma vez que existe “grande distorção no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros”.

A federação cita estudos que mostram que a inadimplência das compras parceladas em longo prazo é bem maior do que na modalidade à vista. Além disso, o prazo de financiamento impacta no custo do capital e no risco de crédito. Por isso, as soluções que propõe são construtivas e pretendem ser aplicadas de maneira gradual.

Eis a íntegra da nota da Febraban:

“A Febraban afirma que não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito. A entidade participa de grupos multidisciplinares que analisam as causas dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo, de um lado, e, de outro, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras. Portanto, nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia.

“Defendemos que o cartão de crédito deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias. Isso porque estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito. Para tanto, é necessário debater a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros.

“Os estudos da Febraban mostram, ainda, que o prazo de financiamento impacta diretamente no custo de capital e no risco de crédito, e a inadimplência das compras parceladas em longo prazo é bem maior do que na modalidade à vista, cerca de 2 vezes na média da carteira e 3 vezes para o público de baixa renda.

“A Febraban continuará perseguindo uma solução construtiva que passe por uma transição gradual, para que se alcance a convergência que, ao mesmo tempo, beneficie os consumidores e garanta a viabilidade do produto para os elos que atuam na indústria do cartão de crédito, como bandeiras, bancos emissores, adquirentes (maquininhas), lojistas e consumidores.”



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