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Presidente do BC e ministros da Fazenda e do Planejamento discutem o tema nesta 5ª feira no encontro do CMN
O CMN (Conselho Monetário Nacional) debaterá na tarde desta 5ª feira (29 de junho de 2023), a partir das 15h, a meta para a inflação. É composto por 3 membros. Cada um tem direito a 1 voto:
- fernando haddad – Ministro da Fazenda;
- Simone Tebet – Ministro do Planejamento;
- Roberto Campos Neto – presidente da Banco Central.
O Brasil já tem metas de inflação definidas pelo CMN para 2023, 2024 e 2025.
Devem ser mantidos:
- 2023 – 3,25% (margem de tolerância: de 1,75% a 4,75%);
- 2024 e 2025 – 3% (margem de tolerância: de 1,5% a 4,5%).
O Banco Central atua da seguinte forma:
- A autoridade monetária tem um instrumento principal, que é um imposto legal;
- Quando a inflação está acima da meta estipulada, ou o BC sobe ou jura e espera a economia esfriar para empurrar a inflação para baixo.
O atual sistema de metas de inflação determinado pelo CMN é baseado no calendário gregoriano. Os temperos não são considerados. A meta deve ser a que foi definida para o período de janeiro a dezembro.
GOVERNO QUER MOVIMENTOS
Haddad defende uma jogada. Avalia que o sistema atual impede que o Banco Central considere ou que isso possa acontecer em janeiro e fevereiro do ano seguinte, por exemplo, para eventualmente baixar as penhoras mais rapidamente.
Existe a possibilidade de ser proposto na reunião desta 5ª feira um prazo mais elástico para o cumprimento de uma meta de inflação. Em vez de 12 meses, pode ser 18 ou 24 meses. Permitiria ao BC considerar outros parâmetros econômicos futuros e reduzir o imposto legal com mais liberdade.
Em entrevista ao canal de notícias GloboNews Transmitido na noite da 4ª feira (28 de junho), Haddad afirmou que o árbitro deve focar a discussão na meta de inflação “de 2025 em diante”.
Ele também defende remoções.
“Agora, o que vim defender é que só existem 2 países [Brasil e Turquia] que adota a meta de inflação no ano-calendário. e isso Causa apreensão desnecessária que todo ano temo substituir ou problema”afirmou o ministro.
Se o CMN definir uma meta de 3% a ser atingida no período mais elástico, acima de 12 meses, 2 mensagens principais serão imediatamente enviadas ao mercado com a decisão:
- haverá a percepção de que o Banco Central conseguirá fazer frente à política monetária, baixar a taxa Selic e tolerar a inflação fora da meta por mais tempo;
- Será uma vitória de Lula e da equipe econômica contra a ortodoxia do BC.
INFLAÇÃO PARA O GOL
Caso a inflação final do ano fique fora do intervalo de tolerância, cabe ao presidente do Banco Central divulgar os motivos do descumprimento da meta. O texto é enviado sob a forma de carta aberta ao Ministro das Finanças com a seguinte informação:
- descrição detalhada do que levou ao alcance da meta de inflação;
- medidas que serão tomadas para garantir o retorno da inflação aos índices estabelecidos;
- Prazo previsto para que as medidas tomadas surtam efeito.
Desde a implantação do modelo, em 1999, a inflação ficou fora da meta 7 vezes:
- 2001 – meta fixada em 4%, mais o índice ficou em 7,67%;
- 2002 – a meta era de 3,5%, mas ficou em 12,5%;
- 2003 – na meta de 4%, mais de 9,3%;
- 2015 – meta estabelecida em 4,5%, mais vitória 10,6%;
- 2017 – meta de 4,5%, mais ficou abaixo do esperado, em 2,95%;
- 2021 – meta fixada em 3,75%, acrescida do índice datado de 10,06%;
- 2022 – meta de 3,5%, acima de 5,79%.
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