Dia das Mães: 7 lições dos filhos para as mães sobre investimentos









O que você aprendeu com a sua mãe? Essa pergunta ganha ainda mais força no Dia das Mães. São muitas as lições que elas ensinam aos filhos, e aquelas sobre educação financeira e dinheiro também estão na lista. pesquisa da Serasa com a Opinion Box mostra que 85% dos 1.200 pais pesquisados ​​afirmam abordar o assunto com os filhos. Quando o tema é investimentos, contudo, ainda há um caminho longo pela frente.

Embora o número de brasileiros que investem esteja crescendo nos últimos anos, ele ainda representa uma parte pequena da população. E entre os que investem, a parcela dos mais jovens só cresce. N / D bolsa de valores, por exemplo, dos mais de 5 milhões de CPFs cadastrados, metade tem idade até 35 anos. Os outros 30% têm entre 35 e 45 anos.

Em outras palavras, nesse assunto os filhos podem ensinar muito às mães. Conversamos com os especialistas da NuInvest e eles contaram quais lições conseguiram passar para as mães sobre investimentos, quais eles gostariam que elas aprendessem mais e quais recomendam para todas as mães que querem começar a investir. Vale lembrar que essas lições não valem apenas para o Dia das Mães, mas para todo o ano.

Essa foi uma das lições que Ângela Tosatto, educadora financeira e analista da NuInvest, ensinou à sua mãe, que tem 65 anos. “Mostrei que títulos de capitalização só são bons para o emissor e para quem vende para bater as metas, mostrei o custo da oportunidade perdida com uma remuneração inexistente, além das taxas cobradas”, conta a educadora.

Título de capitalização é um produto financeiro atrelado a sorteio e não tem nada a ver com investimento, embora seja muito vendido como um.

Segundo a Superintendência de Seguros Privados (susep), que regula esse tipo de produto, o valor aplicado em títulos de capitalização está em torno de R$ 21 bilhões e não tem ocorrido e nem caído muito nos últimos anos.

A mãe de Murilo Breder, analista da NuInvest, é funcionária pública e tem 56 anos. Ele conta que ela levou um tempo para se convencer de que a poupança não é o melhor investimento.

“Por ter um emprego estável e uma boa qualidade de vida, poupar e investir bem nunca foi uma preocupação enorme para ela. Depois de alguns anos, ela se convenceu de que não dá pra contar apenas com poupança, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e fundos de previdência de bancos tradicionais e descoberta que pode ir além”, afirma o analista.

Breder conta que sua mãe começou a investir em 2020, com foco na aposentadoria. “Estou ajudando a montar uma carteira previdenciária para ela com foco em boas empresas pagadoras de dividendos, com alguns ativos dolarizados como BDRs e fundos multimercados. Estamos no caminho certo”, diz.

Essa é a dica de Eduardo Perez, analista da NuInvest, para todas as mães que querem começar a investir. A reserva de emergência é aquele valor que representa de três a 12 meses do custo de vida e que deve ser usado apenas em situações emergenciais. Ter uma reserva é indicada para todo mundo, mas quem está com a renda apertada, tratada apenas para o básico, não tem como pensar nisso agora.

No caso das mães solo, essa reserva é ainda mais importante. Mas é justamente entre essa parcela da população que ter uma reserva pode ser ainda mais difícil, uma vez que elas lidam com as contas da casa sozinhas. Segundo dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até 2020 existiam mais de 11 milhões de mães solteiras no país.

O indicado é que, assim que possível, elas reservam qualquer valor para ir montando esse colchão financeiro. A reserva deve estar em um investimento com alta liquidez – ou seja renda, um lugar onde você consegue sacar na hora – e que, pelo menos, 100% do CDI.

“Esse é o primeiro ponto e isso pode significar mais tempo de qualidade com a família já que as preocupações financeiras das mães em relação à família são constantes”, afirma Perez.

Está aí uma lição que serve para todo tipo de investidor e que Murilo Breder tenta mostrar para a sua mãe. A disciplina e regularidade nos investimentos é a chave para que o investidor tenha suas metas. Mais vale investir R$ 100 todo mês do que R$ 1 mil uma vez por ano.

Essa regularidade nos aportes ajuda a criar o hábito de investir, a criar uma consciência maior do planejamento financeiro e também a aumentar o poder dos juros compostos.

“A lição que eu gostaria que ela aprendesse é que ser mais disciplinada com os esportes vale a pena. Acredito que por ela já ter uma qualidade de vida boa, ela ainda é um pouco intermitente nos esportes e acaba esquecendo de vez em quando. Sorte dela que eu acobro de vez em quando”, conta Breder.

A rentabilidade dos investimentos varia de acordo com o risco e a liquidez. Nas linhas gerais, quanto mais arriscado um investimento, maiores são as chances de retornos positivos. A escolha entre ativos mais ou menos arriscados precisa esta definida ao perfil do investidor, aos objetivos que ele tem e à renda disponível para investir.

Considerando esses fatores, Ângela Tosatto avaliou a carteira da mãe e descobriu que ela estava com mais ativos de risco do que deveria.

“Mostrei a ela que a proporção dos investimentos de alto risco já somava uma boa parte do patrimônio e que essa parte deveria ficar em fixa, mesmo tendo um rendimento baixo. Ela se convenceu de que não precisava colocar mais do patrimônio em produtos financeiros com um risco maior”, conta um analista.

Murilo Breder conseguiu convencer sua mãe de que estratégias de investimentos de médio e longo prazo aumentam as chances de trazer retornos positivos.

“O que foi mais difícil para ela compreender foi a necessidade de diversificação e se acostumar com as oscilações da variável de renda. No entanto, os ganhos foram bem acima do CDI, mesmo com as oscilações naturais, foi o que a surpreendeu. Hoje, ela já se acostumou com o sobe-desce e sabe que, no médio e longo prazo, o retorno acaba premiando os pacientes”, afirma o analista.

Uma dica para as mães é tentar separar, se possível, o que é plano para os filhos e que é plano para si. Muitas vezes é difícil fazer essa separação. Contudo, é importante que a mãe lembre-se das metas e dos planos que têm para ela, como de carreira, de estudo ou uma viagem que quer fazer, por exemplo.

Por isso, na hora de investir, não tem nada de errado em pensar em si, se for possível. É claro que essa realidade não é a de todo mundo. Mas, se você puder e fazer sentido para a sua realidade financeira, o indicado é separar os investimentos que faz pensando nos filhos daqueles que você faz para os seus planos.

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