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Ação judicial apresentada pelo PDT contra reunião do ex-presidente com embaixadores
QUALQUER TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspende novamente o julgamento da Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A análise será retomada na 6ª feira (29 de junho de 2023).
O presidente da Justiça Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, suspendeu a sessão desta 5ª feira (29 de junho de 2023) em razão do horário. Ainda subtraímos os votos de 3 ministros. No momento, a diretoria está em 3 a 1 para considerar o ex-presidente inelegível por 8 anos após o processo de 2022.
O TSE formulou a maior parte da improcedência da ação movida pelo PDT em relação ao neto braga (PL), candidato a vice-presidente em nome de Bolsonaro em ação judicial.
Eis ou resultado parcial:
- 3 os ministros votarão a favor da inelegibilidade de Bolsonaro e contra Braga Netto: Benedito Gonçalves (relator), Floriano Marques e André Ramos Tavares;
- 1 O ministro votou contra a posse do ex-presidente inelegível: Raul Araújo.
Subtraímos ainda os votos da vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, ou do ministro Nunes Marques e, por fim, do presidente da Justiça Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.
Se condenado, Bolsonaro ficará inelegível por 8 anos a partir do processo de 2022. O ex-presidente perderá as próximas 3 disputas eleitorais: 2024, 2026 e 2028.
O advogado de Bolsonaro, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, já adiantou que vai visitar o STF (Supremo Tribunal Federal). Entretanto, isso só será possível após a apresentação de todos os recursos na Justiça Eleitoral.
No caso, a defesa deve apresentar as alegações “ônus de declaração”, o que possibilita à pessoa responder alguma contradição ou omissão no julgamento. O recurso, porém, não tem poder de alterar a decisão e não suspende eventual inelegibilidade.
VOTOS
O ministro Benedito Gonçalves, relator da ação, votou pela inelegibilidade do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Em seu voto, Gonçalves determinou que Bolsonaro fique impedido de concorrer pelos próximos 8 anos, contados a partir da ação judicial em 2022.
“Julgamento parcialmente cabível ou solicitado, para condenação ou primeiro investigado, Jair Messias Bolsonaro, pela prática de abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação nas eleições Eleitorais de 2022 e, por sua responsabilidade direta e pessoal pela conduta ilícita praticado em benefício de sua candidatura à reeleição ao cargo de Presidente da República, declarar sua inelegibilidade por 8 anos contados da ação de 2022.”, diz trecho do voto. Você está em todo (3MB).
Votaram, na sequência, os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Estes são os destaques de cada ministro:
Raul Araujo
Desviei do palestrante e rejeitei a ação apresentada no corte de cabelo do PDT. O ministro levou o crime de abuso de poder político para o afirmar ter “ausência de gravidade” Falas de Bolsonaro durante a reunião. Araújo diz ainda que a transmissão do encontro através dos meios de comunicação estatais se justifica pelo facto de se tratar de um evento oficial do Presidente da República. Você está em todo vote do ministro (1 MB).
“Sendo a gravidade das eleições uma violação dos direitos legais, da legitimidade e da normalidade das eleições, mas estando estas sujeitas a julgamento de grave valor, o certo é que a intensidade dos comportamentos especificamente imputados – na reunião de 18.07.2022 e o teor do discurso – não estive tão perto de justificar a medida extrema de inelegibilidade”diz trecho do voto.
Floriano Marques
Votei a favor da inelegibilidade de Bolsonaro e acompanhei o voto do relator. Floriano entendeu que houve desvio de propósito e tentativa de se promover pelo ex-presidente durante o evento. “A teoria da reunião não é diferente de uma abertura de propaganda eleitoral. […] Tal secção está muito mais próxima do que um discurso de banda desenhada na praça interior”ele disse.
Ele também refutou todos os argumentos apresentados em defesa do ex-presidente e divergiu da opinião de Raul Araújo, que afirmou que mesmo havendo intenção como acontecimento, não surtiu efeito. Segundo Floriano, a reunião tem conotações graves e pode ter dimensões alarmantes caso a Justiça Eleitoral não seja proibida de transmitir a fala do ex-presidente.
André Ramos Tavares
Apoiei o voto de Benedito Gonçalves por entender que o encontro não teve caráter diplomático e ressaltei a gravidade do discurso proferido pelo ex-presidente na ocasião. Segundo ele, as teorias das falsidades de Bolsonaro resultarão em “tensão e instabilidade” e “robusteceu ou envolvimento de uma sociedade numa narrativa sem fundamento”.
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